sexta-feira, 2 de março de 2012

Fake Star II-I

Yuhul! Finalmente estamos aqui para começar a segunda parte de Fake Star! Sim, nós ficamos animados com uma coisa dessas... Vai saber, tem doido pra tudo nesse mundo. A afobaçao aqui é tanta que já abrimos o mesmo arquivo 10 vezes e travamos o computador (Win!). Mas, brincadeiras a parte, vamos logo com isso e divirtão-se com o capítulo! 

Parte 2: A estrela corrompida


Capítulo 1: “Eu quero um céu reluzente e tranquilo”

 A porta da casa se abre e Shio entra como sempre, joga sua mochila atrás da porta. Aquilo poderia ter virado uma mania.
“Bem vindo!” Nagare cantarola, vindo da cozinha.
“Você não quebrou nenhum prato, não é?” O garoto joga os tênis para o lado e vai ajudar ao outro.
“Bem... Eu não ‘quebrei’ nada, eu só ‘incendiei’ um pouquinho o forno sabe? Mas eu estou melhorando!” O grisalho mostra as mãos. “Viu? Nenhum curativo!”
“É... De grão em grão a galinha enche o papo...”.
“O que?”
“É um ditado popular. Significa, ‘com pequenas ações e mudanças podemos ter grandes resultados’, ou coisa assim.”
“Ah...Ótimo, um ano e eu ainda não aprendi muita coisa...” Nagare suspira.
“Você ainda tem muito tempo. Não tenha pressa.” Shio sorri.
 Já havia se passado um ano. Um ano inteiro desde que Nagare chegara a aquela casa. O tempo passara muito rápido, mais do que pudessem perceber.
 Até aquele momento, já havia aprendido a usar o telefone, o microondas, como consertar a televisão e como usar a máquina de lavar. Ajudava Shio constantemente com tarefas de casa e com as compras, apesar de que não fazer muita coisa.
 Shio se sentia muito melhor com a companhia de alguém, principalmente por ser Nagare. Com o tempo, aprendera a conviver com a estrela e se tornaram bons amigos. Agora, seria estranho pensar em chegar algum dia e não encontrá-lo.
 “Shio... Quantas vezes eu já disse que não gosto da sua voz?” O grisalho fala, mordendo um pedaço de queijo.
“Eu já perdi a conta.” O garoto ri. “Mas não é culpa minha. Culpe Deus e a natureza.”
“Se você me der o telefone deles, eu posso fazer isso!”
“As coisas não são tão fáceis assim!” Shio ri novamente. Adorava as ideias estranhas do companheiro.
 A porta se abre mais uma vez e dois garotos pulam, literalmente, para dentro da casa.
“Shio! Você esqueceu o livro de matemática comigo!” Um loiro grita.
“É melhor pegá-lo! Amanhã tem prova!” O outro faz o mesmo.
 Shio se levanta vagarosamente e segue para a sala, sem se importar com a energia dos outros dois.
“Obrigado. Vocês me salvaram.” Ele puxa o livro da mão do mais velho.
 Durante aquele tempo, Jyuu e Nobuko haviam mudado bastante em suas aparências. O loiro continuava com o mesmo comprimento mediano de cabelo, mas por culpa das horas que passava assistindo TV, precisou corrigir a visão, no caso, usando lentes- coloridas com um verde-esmeralda- que o faziam parecer um duende, e havia também furado uma das orelhas, usando três brincos ligados entre si. Nobuko deixara o cabelo crescer, então a maioria de seu rosto era coberta por fios negros com pontas coloridas; graças à moda de cores em neon, agora estava com as mechas pintadas de verde fosforescente.
 Outra coisa que havia mudado a vida dos dois era que, agora, a mãe de Jyuu estava casada com o pai de Nobuko, então, os dois foram obrigados a viverem juntos e se tornarem meio irmãos. O mais estranho é que não tiveram dificuldades para se adaptarem a esse estilo de vida, na verdade, não mudaram nem um ‘centímetro’ se quer da relação que tinham antes.
“Vocês querem comer aqui? Ontem eu fiz muita comida então tenho bastantes sobras.” Shio diz, colocando o livro em cima de uma escrivaninha.
“No, thank you. Vamos comer fora com nossos pais.” O loiro retira um pirulito do bolso e começa a comê-lo.
“Assim vai perder a fome.” Nobuko puxa o doce da boca do outro.
“Você não é minha mãe!” Jyuu mostra a língua.
 Os dois saem enquanto brigam e continuam seu caminho até a casa.
 Shio suspira e volta para a cozinha, onde Nagare estava brincando com os guardanapos.
“A ponte de Londres está caindo, está caindo...” [1] Ele canta, enquanto posiciona os papéis em cima da mesa.
“E aí, quer comer alguma coisa comigo dessa vez?” O garoto pergunta, derrubando a torre.
“Ah! Eu tinha demorado pra fazer isso!” O grisalho mostra a língua. “Não, estou sem vontade de almoçar.”
“Ok então...”
 Enquanto o garoto come, Nagare reconstrói o castelo de papel e o destrói mais sete vezes. Até que Shio se cansa de ver aquilo e o pede para parar.
 Um alarme é ouvido pelos dois e Shio se levanta indo para a sala e volta segurando o próprio celular.
“E aí? Você quer sair com a gente amanhã? Ganhamos quatro refeições no Burger & Bacon. ~Jyuu~” Ele lê a mensagem que estava na tela do aparelho.
“Eles não cansam de você? Já é a segunda vez na semana...” O grisalho bufa, olhando para o lado.
“Hehe... Acho que o problema é que eu nunca recuso ir com eles. Afinal, com quem mais eu sairia?” Ele ri.
“Mas você sempre fica fora... Eu queria sair também! O máximo que posso é ir ao supermercado com você...”
“Olha, depois de amanhã é sábado. Podemos ir a um café. Eles ficam vazios de manhã e a previsão do tempo disse que estaria frio; as pessoas odeiam sair de casa quando está frio.”
“Tá bem... Hum.” Nagare se levanta da mesa. “Ainda tem picolé? Eu quero um!” Ele abre o congelador.
“Cuidado pra não prender a língua aí, de novo.”
 Aquele foi um dia como outro qualquer. Passaram o tempo aleatoriamente durante a tarde, vira um filme à noite e foram dormir.

 O despertador toca e é jogado no chão. Shio se levanta da cama e boceja, indo trocar de roupa. Depois de tomar café da manhã e jogar seus livros na mochila, a colocando no ombro, o garoto sai de casa, caminhando no ritmo normal.
 Passando-se oito minutos, lá estava a construção branca amarronzada. Aquele lugar realmente parecia com um hospital... Talvez fosse essa a razão de terem tantos professores estranhos.
 Shio ouve passos apresados vindos em sua direção e se vira. Em alguns segundos ele está no chão, uma mochila amarela fosforescente o havia acertado em cheio.
“Há! Eu disse que acertava ele de lá! Me passa os doces!” Nobuko tira a mochila de cima do outro.
“... Tá bem... Você é chato heim?” O loiro bufa, entregando o pagamento.
“Sabe quanto você gasta com isso? Da raiva só de ver as suas contas...”.
“Legal... Vocês me envolvem numa aposta, sou acertado por uma mochila e nem recebo bom dia... Eu adoro os meus amigos!” Shio entra na conversa dos dois.
“Bom dia!” Os garotos respondem, rindo.
 Assim, os três se dirigem a sala 8-C, para começarem o dia.
 Como sempre, todos os alunos estavam de pé, conversando em grupos ou sentados em alguma mesa olhando para a janela. Aquilo nunca iria mudar.
 Ao contrário do ano que se passara agora Carrie e Stenfy sentavam-se exatamente no meio da sala. Após o incidente com o professor, queriam um campo de visão muito maior para poderem observar cada movimento daquele lugar.
Jyuu, Nobuko e Shio jogam suas mochilas em seus respectivos lugares. Não estavam sentados próximos, mas poderiam conversar durante o recreio, de qualquer maneira.
 O sinal toca e todos voltam aos seus lugares, alguns bufando e outros sem parar de conversar.
 Logo, um homem alto e magro, comendo uma maçã, entra na sala e coloca a mochila de couro preto em cima da mesa. Seus cabelos loiros desgrenhados até os ombros e metade da franja lateral coberta de gel.
“Bom dia, pessoas.” Ele diz, estralando os dedos.
 Esse era o segundo professor estranho da Academia Rouzako. Seu nome era Hilem Kalle e, pelo que os boatos diziam, já havia prestados serviços para a CIA e para o FBI diversas vezes, graças ao seu intelecto ‘superior’.
“Bem, se me lembro, preciso passar alguns deveres pra vocês... Façam as páginas 134, 135 e 136 do livro 2.” Ele diz, olhando algumas anotações. “Eu vou ler um livro, então não me incomodem.”
 O som de livros sendo abertos e contas sendo feitas ocupam a sala. Alguns murmúrios também passam por entre os sons.
“Ei, agora não era pra gente ter prova?” Jyuu sussurra para os outros dois.
“Cala a boca! É melhor que ele tenha esquecido!” Nobuko faz um sinal de positivo para Shio. “Não é?”
“Sim!”
 Um livro grosso voa e vai parar na mesa do garoto de cabelo verde.
“Eu posso ouvir vocês da minha mesa, sabiam?” O professor diz, pegando o livro de volta. “E é verdade. Eu tinha que dar uma prova pra vocês hoje. Mas por conta do meu assistente idiota, ela será adiada para a próxima aula.”
 Os alunos vibram e socam o ar. Alguns abraçam quem estava ao lado, outros só gritam histericamente.
“Vocês odeiam tanto assim as minhas provas?” O loiro pergunta, jogando o livro para cima enquanto volta para a mesa.
“Elas são muito longas!” Um garoto diz, apoiando os cotovelos na própria mesa.
“É... Dá a impressão de que nunca vão terminar!” Uma garota que sentava ao seu lado completa.
“Pois saibam que eu fazia provas muito maiores do que essas quando era mais novo do que vocês. Na verdade, eu nem lembro bem quantos anos tinha...” Ele abre o livro e começa a lê-lo no vamente. “Agora, façam logo o dever...”.
 Os alunos obedecem e começam a fazer a atividade.
 Depois de 50 minutos, o sinal toca e a aula acaba e o professor sai da sala. Jyuu se levanta e vai à mesa de Shio.
“Você viu o meu chaveiro? Acho que o deixei aqui na sala ontem...”
“É aquele azul da sua mochila? Tenho a impressão de ter visto ele no chão antes de sair ontem...” O garoto diz, apontando para um dos cantos da sala.
“Por que você não vê nos achados e perdidos?” Nobuko diz ainda em sua cadeira.
“Achei melhor perguntar as pessoa primeiro... Alguém pode ter pegado para guardar.” O loiro suspira, voltando para o seu lugar.
“A professora de ciências pegou ele. Eu estava falando com ela quando vimos uma coisa cair no chão.” Uma garota ruiva que estava ouvindo diz. “Você pode ir à sala dos professores pegá-lo.”
 A professora chega e se desculpa pelo atraso. Havia perdido as chaves do carro e precisara ir a um chaveiro.
 Ela passa uma página de dever para a sala e começa a corrigir as provas de outra turma. Depois de algum tempo ela percebe que havia deixado sua agenda de anotações na sala dos professores e pergunta se alguém se voluntariaria para pegá-la.
“Eu posso ir, não estou fazendo muita coisa mesmo...” Shio se levanta.
“Obrigada. É uma agenda azul escura, está no fundo do meu armário.” Diz ela, entregando uma chave ao aluno.
“Pega o meu chaveiro se conseguir!” Jyuu sussurra para o outro enquanto ele sai da sala.
 O garoto fecha aporta e começa a andar pelos corredores da escola. O lugar não parecia grande por fora, mas por dentro era um labirinto. Vários alunos novatos se perdiam por lá e acabavam parando em uma das salas de música ou em um depósito de materiais.
 Depois de um minuto, ele avista a porta de vidro da sala dos professores, entrando na mesma. Os armários ficavam no fim da sala, então, foi preciso atravessá-la.
 Enquanto remexia as coisas no armário, Shio percebe que alguns professores estão conversando em uma das mesas.
 O professor Kasanoa estava com as botas em cima da mesa e tomava uma caneca de café em pequenos goles. Kalle estava lendo outro livro, apoiando os cotovelos na mesa e Eucaris - professora de ciências- estava lixando as unhas e jogando o pó em cima da mesa.
 Shio encontra o objeto, fecha o armário e sai da sala, porém, volta rapidamente, lembrando-se do pedido do amigo.
  Como esperado, foi fácil conseguir o artigo. Então, logo o garoto volta para a sala e continua seu dia.
 O horário de aula termina. Os alunos saem avoados da sala e como sempre, Shio arruma seus materiais lentamente, como de costume.
 Jyuu e Nobuko haviam ido primeiro, precisavam chegar a casa rápido para trocar de roupa e ir para a lanchonete. É claro, Shio iria ser ‘arrastado’ para lá também, mas como o lugar não ficava longe de sua casa –assim como o resto dos lugares- não precisava se apressar.
 “Bem vindo de volta!” Nagare sorri, levantando-se do sofá. “Vamos fazer o que hoje?”
“Eu vou almoçar com o Jyuu e o Nobuko. Você vai ficar aqui... Lembra?”
“Ah... Tudo bem. Mas volte logo... Eu não gosto de ficar sozinho...” O grisalho bufa.
“Fechado.” O garoto vai para o quarto, se trocar.
  Estava com vontade de vestir alguma coisa nova, então colocou a roupa mais recente que tinha no armário. Uma blusa preta de lycra com uma calça de brim quadriculada.
 Depois de se despedir de Nagare e caminhar algumas quadras, avistara o painel luminoso do Burguer & Bacon. Por algum motivo, aquilo ficava acesso dia e noite.
 Os outros dois garotos estavam na porta do lugar. Nobuko vestia uma jaqueta de couro e uma calça jeans larga junto com dois cintos e um tênis preto. Jyuu estava com uma blusa de couro preto brilhante que mostrava um pouco de seu abdome e um short do mesmo material, junto com coturnos pretos.
“Yo~! Hawa~! Shio, estamos aqui!” O loiro grita, acenando para o outro.
“Não precisa gritar, as roupas de você dois já chamam atenção por si sós.” O garoto diz, brincando.
“Ontem fomos ao shopping e compramos algumas coisas... Sabe como é...” Nobuko coça a nuca, sorrindo.
“Nós não vamos entrar?”
“Ainda não. Falta uma pessoa.” Jyuu enrola uma das mechas do cabelo na ponta dos dedos.
“Quem?”
“Uma p...” Ele recebe um soco na cara.
“É a Shannon. É a minha namorada.” Nobuko lança uma encarada para o meio irmão.
“Huhuhu. Você precisa me contar isso direito.” Shio sorri, colocando as mãos nos bolsos da calça.
“Olha ela ali!” Jyuu grita, apontando para a garota que vinha andando.
 Tinha cabelos pretos e estava escutando música. Seu sapato fazia um barulho estranho a cada passo que dava. Vestia uma blusa azul claro com o número doze estampado e uma saia marrom escuro.
“Olá!” Diz ela sorrindo.
 Os quatro entram na lanchonete e escolhem uma mesa, fazendo os pedidos para o homem que os atendera.
“Então... Como vai, Justine.” A garota chamada Shannon diz ao loiro, apoiando os cotovelos na mesa.
“Não me chame por essa droga de nome!” O garoto range os dentes. “Já disse que odeio!”
“Seu nome é Justine? Eu também não sabia dessa...” Shio ri.
“É, mas nem pense em me chamar assim!”
“Ok, Ok.” Ele levanta os braços em sinal de paz.
“E então, você, quem é?” Shannon aponta para Shio.
“Ah, desculpe, eu me esqueci de me apresentar... Já estou perdendo os modos por causa do povo que me cerca.”
“Ei!” Os dois garotos gritam.
“Continuando, meu nome é Shio.” Ele estende a mão, sendo retribuído.
“Shannon. O Nokkun fala bastante de você...”.
“Ah, agora já roubou o apelido também... Sua salafrária.” Jyuu bate de leve com o punho na mesa.
“Não liguem pra ele. Ficou de mau humor por que tá sem doce durante dois dias.” Nobuko ri.
“Ei, posso saber com você dois...” Shio aponta para o casal.
“Então, sabia que é uma história engraçada? Eu tava andando por aí e pensei ter visto uma garota sendo atormentada por uns gangsters... Como eu não gosto dessas coisas, fui lá bater neles, mas quando vi já tavam lá no chão... Então eu vi também que era um cara, ou melhor, o Nokkun.”
“Ela não é legaaalll?” O garoto de cabelo verde abraça a garota, sorrindo.
“Tanto quanto m...” Jyuu é interrompido por uma atendente.
“Ei! É o grupo sete e uma convidada!” A garota sorri, parando ao lado da mesa.
 Era uma das estudantes de sua turma, Lawlee Warid. Pertencia a turma 2.
 Era comum que os alunos de cada sala fizessem ‘grupos’ e coisas assim, então, para organizá-los, esses eram enumerados de acordo com o número de pessoas que o compunham. Jyuu, Nobuko e Shio eram o grupo 7 de 9.
“Você trabalha aqui é?” Nobuko pergunta sem sair de sua posição.
“Eu to juntando uma grana pra uns trecos aí.” Ela sorri, e aponta para o outro lado do lugar. “Ei, sabiam que o Hilem tá ali?”
“Onde?!” O loiro grita, sendo interrompido por Shio.
“Silêncio! Quer que ele veja que estamos aqui?”
“Ah... É...” Ele olha para o lado.
“Então... Quem é Hilem?” Shannon pergunta ainda com os cotovelos na mesa.
“Professor de matemática. É um dos professores estranhos que temos. Todos dizem que já trabalhou na CIA e no FBI.”
“Legal.”
 Já que não havia nada mais interessante para fazer, todos começaram a fitar a mesa do outro lado do lugar.
O homem estava mexendo em uma agenda eletrônica e sussurrando alguma coisa para si mesmo. Seus pés estavam esticados no apoio da mesa e não paravam de se mexer de um lado para o outro.
“Acho que ele está esperando alguém.” A garota diz, quebrando o silêncio.
“Como você sabe?” Jyuu sussurra.
“As pernas dele. É sinal de ansiedade. O que mais causaria ansiedade em um restaurante?”
 Alguns segundos após a garota terminar sua frase, outro homem, magro e com cabelos castanho-avermelhados entra na lanchonete e se senta ao lado do loiro. Ele chuta o pé do outro para chamar sua atenção, tendo sucesso.
“Aqui está o pedido de vocês! Desculpem pela demora!” Um atendente coloca os pratos de cada um sobre a mesa.
 Se distraindo, os quatro passam o resto do tempo conversando e se divertindo, sem falar em brincando com a comida. Como Nobuko precisava ir a uma aula ainda, todos saíram quinze minutos antes das duas horas da tarde.

 Shio chega em casa, colocando seus sapatos na entrada. Nagare corre até ele, segurando um baralho de cartas velho e espalhando poeira pela sala.
“Me ensine a jogar isso! Vamos jogar isso! Vamos! Vamos!” O grisalho balança a caixa de plástico na frente do outro.
“Calma aí! Eu mal cheguei...” O garoto ri, agarrando o baralho. “Ok, você quer aprender a jogar o que?”
“Isso, oras.”
“Com um baralho você pode jogar milhares de jogos, como Canastra, Burro d’agua, Pôquer... Você tem que escolher um deles.”
“O mais fácil. Você já deve ter visto que eu não sou muito bom em aprender, não é?” Ele diz sincero.
“Hum... Podemos começar com Pif Paf então, é o mais fácil que eu conheço.” Shio diz, distribuindo as cartas. “Vamos jogar enquanto eu explico.”
 Ele retira dezoito cartas do monte e coloca o restante na mesa, com as faces viradas para baixo.
“O objetivo é fazer uma trinca, ou seja, um conjunto de três cartas ou uma sequência do mesmo nipe ou do mesmo número. Entendeu?”
“O que é um nipo?”
“É nipe... Isso aqui.” Diz o garoto, apontando para os desenhos no lado superior de uma carta. “Paus, Ouros, Copas e Espadas.”
“Árvore, losângulo, coração e seta. Entendi.” Nagare balança a cabeça concentrado, fazendo o outro rir.
“A sequência de cartas é Ás, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, valete, dama e rei.”
“Por que eles usam esses chapéus? São feios!”
“Você quer aprender a jogar ou comentar da aparência das cartas?” Shio afasta o baralho.
“Não! Eu quero jogar! Jogar!”
 Sem perceber o tempo passar, os dois ficam o resto da tarde jogando cartas. A noite chega, então comem e vão dormir.




[1] Referência à música “London Bridge” 

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Tadã! E foi isso até agora xD! Bem, para não deixar em branco e comentarmos sobre a história: Temos a aparição de Shannon, a incrível namorada de Nobuko (que, pessoalmente, foi o personagem mais legal de trabalhar nessa história, já que ele é comédia pura) e inimiga mortal de Jyuu! Além disso, time skip?! Sim, se passou um ano nesse pequeno mundinho do quarteto Shio, Nagare, Jyuu e Nobuko! Ah, esse capítulo tem tantas informações que chega a ser carregado... Mas, nem deveríamos comentar sobre isso. 
 Então, já dando um adeus para vocês, vamos lançar um pequeno concurso! Sim, um concurso, e com um PRÊMIO! É o seguinte, como já fazem 4 semanas que começamos FS, os leitores já devem estar familiarizados com os personagens e... Epa! Personagens? Alguém notou o nome estranho que vários deles tem? Agora iremos dizer o motivo: São anagramas! Há! A primeira pessoa a acertar (no mínimo) 2 dos nomes originais ganha uma historinha extra e uma ilustração de FS! Esperamos que participem, ouviram?!
 Até mais!

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