Está bem, podemos continuar falando até não poder mais, mas, isso não faria sentido algum xD Então, sem enrolar, vamos logo ao capítulo da semana!
-Obs: Por ser um capítulo extra, é bem curto. Além disso, significa que na próxima semana começaremos com a segunda parte, onde as coisas vão finalmente começar a andar de verdade! É isso, tenham uma boa leitura.
Capitulo extra: “O que posso fazer enquanto Shio não está?”
Nagare acorda,
se espreguiçando e bocejando. Eram sete e quinze (Shio o havia ensinado a ver
as horas) então o garoto já deveria saído para ir à escola. O que significava
que estaria sozinho em casa durante seis horas e precisaria fazer alguma coisa
para passar aquele tempo.
Ele olha para
os lados, procurando alguma coisa com a qual pudesse se ocupar. Nada. Sem
desistir de procurar, Nagare vai para o porão e começa a vasculhar o interior
de um baú antigo.
Não havia
muita coisa lá. Alguns sapatos, um baralho empoeirado, uma caixa de remédio e
um livro velho.
O grisalho
começa a examinar o livro, afastando a poeira de sua capa. Não sabia ler, mas
as imagens na capa pareciam interessantes. Pediria para Shio lê-lo quando
chegasse a casa.
Uma das portas
do armário se abre, fazendo a estrela averiguar o interior do mesmo. Era o
lugar onde um dos amigos de Shio havia ficado preso.
“Acho que o nome dele era... Jy alguma coisa.”
Aqueles
garotos eram estranhos, ao contrário de Shio. O primeiro tinha um cabelo
estranho e sempre carregava um colar com uma cruz, mas não parecia o tipo de
pessoa religiosa (Shio o havia ensinado sobre isso também). O outro só não
tinha o cabelo da mesma cor que o seu por alguns tons a mais, e ele não
conseguia ficar parado. Além de tudo, eles brigavam de dois em dois minutos.
O vento passa pela pequena janela do lugar. Estava
frio, então Nagare decide sair de lá, indo para os fundos da casa.
Mesmo que Shio
o usasse pouco, havia um jardim na parte de trás do terreno. Era amplo o
bastante para ser um dos cômodos da casa e uma macieira colocava uma grande
sombra no lugar.
Pelo que o
outro havia lhe contado o antigo proprietário da casa a usava para as férias,
onde cultivava algumas flores e plantas em geral, para passar o tempo e se
distanciar do trabalho. Era um homem ocupado e precisava relaxar de vez em
quando.
Ele chuta uma das raízes que estava para fora e caí
na grama macia e úmida. Um besouro passa sobre seu nariz, apressado, e voa para
longe. Se levantando e tirando algumas folhas do cabelo, Nagare olha para a
cerca que determinava o espaço da casa. Uma ideia surge em sua cabeça.
O garoto
estica os braços e se agarra nas pontas da madeira, tentando içar o próprio
corpo. Depois de algumas tentativas, ele consegue se manter de pé sobre a
estrutura de madeira.
Do outro lado,
havia outra casa. Na verdade, a parte de trás de uma casa. Uma garota brincava
em uma caixa de areia que estava no quintal.
Nagare se
pergunta o que era aquela coisa amarela com que a garotinha se divertia tanto.
Ele, seguindo a curiosidade, pula para o outro lado.
A garota
continua sua diversão, jogando areia para cima e enchendo uma xícara de
plástico com ela. Havia dois ursinhos e uma mesa colorida ao seu lado. Em cima
da estrutura de metal estava posta uma flanela xadrez e alguns pratos de
plástico.
O grisalho
começa a observá-la. Parecia se divertir bastante, mesmo sozinha. Era uma pena
que aquilo não valia para ele, seria muito bom se passar seu tempo fosse tão
fácil.
Ele suspira,
voltando para o outro lado da cerca. Iria procurar alguma coisa para fazer,
algo que não o fizesse ficar com vontade de dormir.
Indo de volta
para dentro de casa e pegando um taco de beisebol que estava atrás da porta,
Nagare se senta no sofá.
“Não tem nada pra fazer!” Ele reclama, balançando o
taco de um lado para o outro.
O garoto ouve
um barulho e vai averiguar, saindo da sala. A porta havia sido aberta e um
homem ruivo estava parado na sacada, tirando os sapatos. Ele aparentava ter por
volta de 20 e poucos anos e tinha traços bastante femininos.
“Ok, essa já é a quinquagésima casa da semana.
Preciso ir rápido, só faltam mais duas.” Ele diz, guardando um cartão em seu
bolso. “Queria não precisar arrombar essas casas. Seria bem menos trabalhoso.”
Nagare começa
a segui-lo. Shio o havia ensinado o que fazer no caso de roubos, mas tinha
enfatizado para que ele ‘não tomasse conclusões precipitadas’. Seria melhor ver
o que aconteceria, antes de fazer qualquer coisa.
O intruso
entra em todos os quartos da casa, até achar um computador, na sala de equipamentos.
Ele vasculha um dos bolsos do casaco e retira um pequeno pen-drive, o plugando
no computador.
A tela fica
preta e então volta ao normal. O ruivo começa a digitar alguns comandos,
abrindo milhões de browsers. Uma pequena tela se abre, mostrando pastas
amarelas.
“É... Nada de
tão importante aqui...” Ele diz, fechando as janelas e desligando o computador.
Levantando-se,
ele volta para um dos quartos, onde estavam as coisas de Shio. Olha dentro dos
armários, gavetas e prateleiras. Joga todos os materiais no chão e continua a
procurar alguma coisa.
Depois de
vasculhar todos os lugares da casa, o homem guarda tudo de volta, no exato
lugar onde estavam.
“Bem... Está tudo Ok.” Ele coça a cabeça, olhando
para um porta-retratos vazio. “... Uma casa sem foto de família é estranha.”
O ruivo coloca
os sapatos novamente e sai da casa.
Nagare se
senta, em posição de lótus, em frente à porta. Aquilo havia sido estranho...
Mas não roubara nada, então não tinha do que reclamar. Também não era bom
contar a Shio sobre o acontecido. Não queria ver ele se preocupando com aquilo.
A estrela vai
para a sala e liga a televisão. Não faltava muito tempo para que Shio chegasse
e ver TV era o que lhe distraia por mais tempo.
Estava
passando um filme em um dos milhares de canais que havia na TV. Já era o
terceiro filme sobre assassinatos que passava na semana. Não sabia o motivo,
mas gostava daquele tipo de filme, só não eram tão bons quanto perseguições
policiais. Aquilo sim é que era emoção de verdade.
O relógio da
sala soa, avisando que era meio-dia. Não havia percebido o quanto o tempo
passara rápido.
Em alguns
minutos, a porta já estava se abrindo e o estudante estava entrando em casa,
jogando a mochila atrás da porta, como sempre.
“Shio!” O grisalho levanta do sofá, indo ao encontro
do outro.
“Ah!” Ele grita quando o outro lhe derruba no chão.
“Eu já disse pra você tomar cuidado...!”
“...Me desculpe... Não faço de novo.” Ele revira os
olhos. “Falei certo, não é?”
“É. Mas precisa se sentir arrependido quando diz
isso. Se não, não vai funcionar.” O garoto se levanta e tira o pó das roupas.
“E então, como foi a escola?” Nagare o segue até a
cozinha. “Eu já perguntei o que vocês fazem lá?”
“A gente aprende várias coisas... Mas ao contrário de
você, conseguimos raciocinar e usá-las no dia-a-dia.” Shio diz, pegando algumas
sobras na geladeira para usá-las no almoço.
“Credo! Você é malvado!” O grisalho reclama.
“Onde você aprendeu isso? Não me lembro de ter lhe
ensinado esse tipo de palavras.”
“Eu vi na TV.”
“Você não pode usar tudo o que vê na TV...” Ele
separa um prato na pia. “Argh... Eu estou agindo como se fosse seu pai!”
“Ei, posso fazer uma pergunta?” O outro levanta da
mesa, ficando ao lado de Shio.
“O que foi dessa vez? Se for sobre telefones, eu já
disse que vou ensinar como eles funcionam na semana que vem.”
“Não é isso é só que...” Ele para e chuta o chão.
“... Esqueci o que eu ia dizer!”
“Uma hora você lembra, pode ter certeza.” O garoto
sorri.
---------------------------
Pronto, fim da primeira parte xD Sinceramente, só apartir do próximo capítulo é que as coisas começam a tomar rumo mesmo (É assim que falam da própria história?!).
Então, como parece que já falamos demasiado, vamos deixar só o nosso "Comente por favor!" e o "Até mais!" de sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário