Desculpem-nos pela demora... Mas, o que importa é que voltamos, não? Bem, espero que pelo menos fiquem mais felizes em ver um post novo...
Então, sem delongas, vamos começar uma nova história!
Bem, diz a tradição que devemos colocar algumas informções aqui, então:
Nome: Fake Star - A estrela falsa
Gênero: Shounen-ai/Yaoi Leve (é, nada de Lemon para vocês dessa vez, hehe)
Censura: Livre (ao nosso ver, ok?)
Atenção: Qualquer semelhança com o mundo real é mera coincidência. Apesar de que, se aguém encontrar um de nossos personagens na rua, nos avise!
Parte 1: As duas estrelas solitárias
Capitulo 1: “Faça um desejo para aquela estrela cadente”
Shio olhava o
céu, contando as estrelas. Fazia isso todas as noites antes de dormir, apesar
de sempre contar uma a mais na noite seguinte. Com o tempo, isso havia virado
uma mania.
Estava
fazendo a mesma coisa há dois anos, enquanto esperava seus pais chegarem de uma
viagem. Mas uma ligação da polícia o interrompera aquela noite; pelo que
parecia, o carro caíra de um penhasco. Morreram imediatamente.
Ficou morando
com seus avôs por seis meses, mas eles acabaram tendo que se mudar. Então, foi
morar sozinho, já que nenhum outro parente estava disposto a aceitá-lo em casa.
Não que gostasse disso, pelo contrário, odiava ficar sozinho, mas não tinha
outra escolha.
Ele suspira,
contando a última estrela da noite. Já estava ficando tarde e como teria aula
no dia seguinte, precisava dormir cedo. Ele se vira novamente para a janela;
uma estrela cadente cruza o céu rapidamente.
“Desejo alguém que fique comigo.” O garoto sussurra
mesmo sem acreditar no que diz. Seria necessário mais do que um desejo para
isso.
Antes que
pudesse terminar de se vestir, uma luz ocupa todo o espaço de seu quarto.
Depois de alguns segundos, o ambiente volta ao normal, fazendo com que Shio já
possa abrir os olhos.
Parado a sua
frente, agora, havia um garoto. Vestia roupas e botas brancas, tendo o cabelo
da mesma cor. Seus olhos se destacavam por terem um contorno preto e pupilas de
um azul que lembrava o céu à noite.
“Olá! Eu sou Nagare, muito prazer.” Ele diz,
estendendo a mão.
O outro fica
estático, caído de joelhos no chão. O que havia acontecido?!
“Ei, terra chamando...” O grisalho balança sua mão a
frente do rosto de Shio.
“O-o que, q-quem... você é?”
“Já disse, meu nome é Nagare.” Ele flexiona os
joelhos, ficando na mesma altura que o outro garoto.“Eu sou uma estrela. Uma
estrela cadente.”[1]
Shio ainda
processava as informações. Uma estrela cadente. Havia feito um desejo a uma,
instantes atrás. Isso significava que fora atendido?
Antes que
pudesse continuar com sua linha de pensamento, o garoto é levantado do chão.
“Vamos... Você vai ficar se fazendo de mudo é?”
Nagare o segura pelos ombros.
“Me desculpe... Só estava pensando um pouco e...”
“Pessoas que pensam antes de agir perdem segundos
muito preciosos.”
O relógio bate
dando dez horas da noite.
“Desculpe, mas eu preciso ir dormir! A-amanhã tenho
aula e não quero ficar com sono durante ela!” Shio empurra o outro.
“O que você quiser...”
O garoto
acorda assustado. Havia entrado em um sono profundo e o som do despertador de
manhã sempre o deixava desnorteado. Mas não há o que fazer, o melhor é levantar
da cama.
Cambaleando
até a cozinha para fazer o café da manhã, Shio acaba tropeçando em algo e dando
de cara com o chão.
“Aí! Cuidado!” O grisalho se levanta.
“Você... Por um momento, pensei que tinha sonhado
tudo aquilo...” O garoto suspira.
“Ei, eu vim aqui por que VOCÊ pediu.”
“... Ainda não entendi. De todas as pessoas do mundo,
você atende logo a mim, um garoto de 13 anos?” Shio e Nagare caminham até a
cozinha.
“Estrelas são brilhos solitários que cruza o céu em
busca de alguém.” O grisalho cutuca o tórax do outro. “Assim como você.”
O garoto
suspira sem entender muita coisa. Mas não iria perguntar mais nada, tinha a
impressão de que não conseguiria uma resposta melhor do que aquela.
Ele separa uma
frigideira, farinha, ovos e manteiga, os deixando do lado do fogão.
“Você come alguma coisa? Ou não precisa se
alimentar?”
“Eu não tenho fome... Mas eu queria saber como é o
gosto de um queijo.” Ele se senta à mesa, brincando com uma colher.
“Tem um na geladeira. É só pegar e cortar uma fatia.”
O outro responde, mais concentrado em fazer seu café da manhã.
Nagare abre a
porta do frigorífico, procurando pelo laticínio. Ele começa a remexer as
prateleiras, derrubando todos os alimentos contidos nelas. Porém, consegue
achar o que quer e leva o círculo para a mesa.
“Você derrubou todas as coisas, seu burro! Eu vou
demorar anos pra guardar toda a comida!” Shio diz, quando se vira para trás,
vendo a bagunça.
“Eu não gosto de coisas organizadas.” Ele abocanha o
círculo de queijo.
“Ei! Eu disse pra cortar um pedaço, não mordê-lo!” Shio
arranca o objeto das mãos do outro. “Você tem algum problema em seguir
ordens?!”
“Ah... Para de reclamar! Eu estou aqui por que você
pediu.”
O garoto bufa
e coloca o seu prato na mesa, juntamente com uma fatia de queijo que havia
cortado. Os dois comem o café da manhã em alguns minutos e se levantam.
“Eu vou pra escola. Você vai ficar aqui, certo?” O
garoto diz, jogando a mochila em suas costas.
“Isso.” O grisalho se apóia alternadamente nas partes
da frente e de trás dos pés.
“Não quebre, danifique ou desarrume nada.” Ele
termina, saindo pela porta.
O sol ainda
estava saindo, o que deixava o céu amarelo-azulado. Era uma visão bonita, pena
que duraria pouco tempo.
Shio chuta uma
pedra que estava no caminho. Estava se sentindo cansado, mesmo não tendo feito
muita coisa. Talvez devesse descansar quando chegasse em casa... Seria bom.
Casa. Chegar
a casa e encarar aquele vazio era uma coisa comum, mas isso não iria acontecer
desta vez. Estranho pensar sobre isso... Era uma coisa repentina toda essa
parte de sua vida ser mudada por causa de um desejo feito sem pensar.
Na verdade,
não havia notado quão estranha era a situação. Algo que definitivamente não era
humano estava vivendo em sua casa e por algum motivo, o aceitara normalmente. E
se fosse algum invasor tentando roubar os seus pertences?!
Não. Era
impossível. Nagare poderia ser qualquer coisa, menos um invasor. A não ser que
fosse burro o suficiente para deixar tantas pistas, pois, certamente, alguém
como ele poderia ser reconhecido a sete quilômetros de distância.
O canto de um
pássaro faz o garoto acordar de seus pensamentos. Já havia chegado á escola.
Era um grande
pavilhão de tijolos. Todos cobertos com uma camada de tinta branca, que o fazia
parecer com um hospital. Muitos alunos reclamavam disso, mas como era uma
escola boa e barata, aceitavam aquelas condições.
Shio se
dirige a sua sala, 7-B. Como havia chegado cedo, a maioria dos alunos estavam
em pé, conversando com os amigos, ou olhando as pessoas passarem pela janela. O
garoto joga a sua mochila na cadeira e se senta, descansando a cabeça sobre a
mesa.
“E aí, Shoyou, como vai o nosso amigo?” Um garoto
pergunta. Ele possuía as pontas do cabelo pintadas de verde.
“Já disse pra para de me chamar assim, Nobuko.”
“Ok, capitão.”
“Harow, Olá,
nihaw, Patchi!” Um garoto menor
vem correndo e pula na mesa, derrubando os outros dois.
“Jyuu! Seu estabanado!” Shio se levanta, tentando
limpar a própria blusa.
“E aí, aconteceu alguma coisa pra você estar tão
alegre?” Nobuko também se levanta.
“Não sei, não sei, não sei! Hawa!” O garoto continua
a se mover, como se não conseguisse ficar parado.
“Ele deve ter comido muito açúcar, como sempre.”
“Ah~! Shio, Shio, Shio!” Jyuu balança o outro pelos
ombros.
“Se você quer que ele responda, é melhor para de
balançar, sabe?” O garoto de cabelo colorido cruza os braços.
“Desculpe...”
“Fale o que
você quer.” Shio revira os olhos.
“Você mora sozinho, não é? Por que eu e o Nokkun não
passamos uma noite lá?”
“É mesmo! Vamos fazer uma noite dos garotos! Horey!”
Nobuko e Jyuu batem as mãos.
“Tudo bem, eu não tenho nada contra. Só precisam
avisar que não voltarão para casa.” Shio diz, sorrindo.
“Vamos ver a casa do Shio~Vamos ver a casa do Shio! Hawa!”
O sinal toca e os dois garotos vão para seus respectivos lugares.
Logo, o
professor chega à sala e todos ficam em silêncio. A aula começa e os alunos
anotam o que ele escreve no quadro.
Passam-se dois horários, sendo um de matemática e
outro de ciências. Então, o sinal toca, indicando que seria à hora do
intervalo.
Os três
garotos vão para o terraço, onde normalmente comiam o lanche.
“Argh... Eu me esqueci de trazer comida, droga.”
Nobuko se deita, olhando para o céu. Seu estômago ronca, fazendo os outros dois
rirem.
“Toma. Pode pegar o meu sanduíche extra.” Shio
oferece o embrulho.
“Muito obri-“ O garoto é impedido.
“Nada disso!” Jyuu segura o sanduíche. “A vida não é
tão fácil assim!”
“O que você quer que eu faça dessa vez?”
“Você vai ficar me devendo um favor!” O menor ri
maliciosamente.
“O sanduíche é meu, o favor não deveria ser, também?”
Shio cruza os braços.
“Hawa. Perdeu, agora o favor é meu~!”
“Tanto faz de quem seja o favor... Deem-me logo esse
sanduíche!” Nobuko agarra o pacote.
Os três
continuam comendo e conversando, até que o sinal toca novamente. Teriam que
voltar para a sala de aula.
O resto dos
horários passa como normalmente. Os professores explicam suas respectivas matérias,
exaltando cada coisa importante e sempre dizendo ‘Isso irá cair na prova!’. É
claro, poucas pessoas ligavam para aquilo, mas era uma escola, não havia como
as coisas serem diferentes.
Com o toque
do último sinal, os alunos correm para a porta, á tumultuando.
“Vai logo Shio! Você tá demorando muito!” Jyuu bate o
pé no chão enquanto o outro arruma as coisas na mochila, sem se importar.
“Tenha paciência sua bola de açúcar... A casa dele
não vai sair do lugar, sabe?” O garoto de cabelo colorido estava sentado na
mesa do professor.
“Pronto. Arrumei as minhas coisas.” O outro coloca a
mochila nas costas.
“Hawa! Vamos então~!”
Eles saem da
escola, pegando o caminho à direita. Como a casa de Shio ficava só a três
quadras da escola, nenhum deles reclama de ter que ir a pé. Na verdade,
aproveitam para conversar. Mas o tempo era curto e logo eles chegam à
habitação.
“Por favor, tirem os sapatos. É horrível ter que
limpar o chão.” Shio diz aos outros dois.
“Hawa.”
“Sim, capitão.”
O anfitrião
abre a porta, mas para, olhando para o interior do lugar.
“O que foi? Viu um fantasma?” Nobuko brinca, sem
saber o que o outro via.
“Mas... Que... Porcaria!!” Shio fecha a porta sem que
os outros entrem.
“O- o que foi?” Jyuu começa a bater na porta. Não
gostava de ficar de fora das coisas.
“Fiquem aí, eu preciso resolver umas coisas!” O
garoto grita, de dentro da casa.
A sala estava
literalmente de pernas para o ar. Não era possível andar direito, pois havia
vários livros e revistas jogados pelo chão. As prateleiras estavam igualmente
caídas. Shio remexe os objetos e acha o que estava procurando.
“Eu disse pra você não quebrar nada!” Diz ele,
puxando Nagare pelo pulso.
“Desculpa... É que não tinha muita coisa pra fazer
e...”.
“Meus amigos estão aqui! Se você não tratar de
arrumar tudo isso e sumir ou sei lá o que...!”
“Calma. Eles não podem me ver.” O garoto diz,
recolhendo algumas revistas do chão.
“Como assim?”
“Você me desejou, você me vê. É assim. Pronto.” Ele
não estava muito feliz.
“Não ligo, só arrume essas coisas.” Shio volta para
abrir a porta.
“O que aconteceu?” Jyuu se arremessa para dentro do
lugar.
“Você parecia bem... Fulo.” Nobuko brincava com seu
próprio colar.
“Um gato entrou aqui e derrubou uma prateleira.” Ele
empurra os outros dois para a cozinha. “Depois eu arrumo, vamos primeiro comer
alguma coisa.”
“Ótimo, eu estou morrendo de fome!” O garoto de
cabelo verde diz, se sentando à mesa.
“Você sempre tá com fome!”
“Não sou eu que tenho um pacote de 3 kg de bala na
mochila!”
“Esfomeado.”
“Viciado em doces.”
Shio ri
baixinho, colocando o avental. Aqueles dois eram muito divertidos, com todas as
discussões. Era uma forma de mostrar a amizade, provavelmente.
Conhecera Jyuu e Nobuko no começo daquele
semestre, quando se mudara para aquela cidade. Foi no primeiro dia de escola.
Mesmo estando feliz por ter a oportunidade de conhecer pessoas novas, ainda
sentia aquele medo dentro de si. E se não fosse aceito? E se fosse diferente de
todos eles? E se não conseguisse fazer nenhum amigo?
Acabou se
desesperando tanto que desmaiou e foi parar na enfermaria. Quando acordou,
encontrara os dois no outro lado do quarto. Pelo que haviam lhe contado,
começaram a brigar, caíram da escada e foram levados para lá.
Ele perguntou
se eram algum tipo de ‘inimigos’ ou coisa do gênero. Mas a resposta foi um
simples “Sei lá” de ambos os lados. A partir daquele dia, de uma maneira
repentina, os três começaram a se aproximar e viraram amigos.
Não era uma
história comprida, realmente, mas acabara se prolongando bastante...
O aumento de
tamanho do fogo faz o garoto sair de seus pensamentos e voltar a cozinhar. Não
seria bom queimar a casa.
Shio separa algumas cenouras, batatas e um pimentão e
coloca dois bifes de carne na panela, preparada anteriormente. Não iria fazer
algo muito complicado, já que precisava de comida para três pessoas.
Depois de meia
hora, todos já estavam comendo. Jyuu e Shio não comeram tanto assim, então
sobrou meia panela de ensopado para o jantar; ou sobraria se Nobuko não tivesse
comido enquanto assistia TV.
Os garotos
passaram o resto da tarde jogando. Como a casa era velha, havia muitos jogos
antigos, tais como Go, Mandala e também um tabuleiro de xadrez feito de vidro.
É certo que mais da metade daquele tempo foi usado para ensinar Jyuu a jogar
Go, mas também foi um tipo de diversão para eles.
Não demorou muito para ficar escuro e os três
precisarem arrumar os quartos. Começaram aramando o sofá-cama, já que lá só
havia um quarto e alguém iria precisar dormir na sala. Depois, foram procurar
alguns cobertores no sótão.
“Shio... Nós precisamos mesmo vir aqui?” Jyuu
pergunta, se apoiando no batente da porta.
“Tenha calma. Pense só que aqui é um quarto a mais
que ficou muito empoeirado.”
O sótão era do
tamanho de um quarto normal, mas seu teto era um pouco mais baixo. As luzes não
funcionavam direito e o aquecedor fazia estalos estranhos, mas tirando isso,
era um quarto comum.
“Procurem naqueles armários. Eu vou ver no baú.” Shio
diz, apontando os armários de madeira.
Os dois
garotos vão para o outro lado do quarto, a procura dos cobertores.
“Ei, Jyuu?”
“O que foi?”
“Qual é a sua altura?”
“É- é... Eu tenho 1,48! Por que tá querendo saber?!”
O garoto fica com raiva.
“Huhuhu! Deve dar direitinho aqui!” Nobuko o empurra
para dentro do armário.
“M-me tira daqui! Para com isso seu idiota!”
“Acha que eu vou fazer isso? Vou é ficar, ouvindo
você gritar!” O outro ri.
Shio chega,
carregando dois edredons.
“Ei, o que você tá fazendo?”
“Ah... Nada!” Nobuko coça a nuca.
“Onde tá o Jyuu? Ele veio com você até aqui, não
foi?”
“Shio! Shio! O Nokkun me prendeu aqui! Abre essa
droga de porta, vai!” O garoto começa a bater na madeira.
“Tira ele daí! Sabia que ele pode ficar sufocado?”
“Tá bem, tá bem.” O outro puxa a maçaneta.
Infelizmente,
a porta não abre. Como a madeira era velha, o puxador não funcionava tão bem
quanto antes.
“E aí, você
não ouviu o Shio não? Abre logo!” Jyuu continua batendo.
“Er... Más notícias. A porta não abre.”
As batidas
param por alguns segundos. Mas voltam mais fortes ainda depois.
“Como assim?! Acham que eu vou ficar aqui pra sempre
é?! ME TIREM DAQUI!!”
“Já disse que não dá pra abrir!” Nobuko grita,
batendo no lado de fora da porta.
Shio o afasta
e se põe a frente da estrutura de madeira. Ele pega um pequeno e fino cartão
que estava na prateleira. Colocando-o na fenda entre as portas, o garoto começa
a passá-lo de cima para baixo.
“Não está trancada. O problema é na madeira. Deve ter
ficado velha e envergada.”
Jyuu começa a
chutar a porta pelo lado de dentro.
“Calma! Assim só vai piorar!” Nobuko grita para que o
outro ouça. “E aí, o que a gente faz agora?” Continua ele, dessa vez, falando
com Shio.
O garoto morde
o lábio, sem saber o que fazer. Sabia abrir portas usando clips e cartões
antigos, mas nesse caso, não iria funcionar.
Quando já
estava indo pegar o telefone para ligar para os bombeiros, Nagare aparece na
porta do sótão. Ele sorri e se dirige para frente do armário. Depois de algum
tempo olhando para a porta, ele soca o canto da mesma, fazendo lascas voarem e ela
abrir.
Jyuu rapidamente se joga para fora do lugar. Aquilo
era uma armadilha de madeira. Enquanto arfava no chão, Nobuko continuava a
fitar o armário, ainda paralisado.
“C-como... O que foi isso?!”
“Você abriu a porta, não foi?” Jyuu diz ainda no
chão.
“Um pedaço da porta caiu e ela abriu, só isso. Eu
disse que a madeira era velha.” Shio encara Nagare.
O grisalho ri
e começa a andar pelo quarto. Ele sorri quando encontra uma prateleira cheia.
Em alguns segundos, todas as coisas já estavam caindo.
“Por que aquela prateleira...”
“Vocês dois, levem isso para o quarto. Eu vou arrumar
essa bagunça e já sigo vocês.” Shio empurra os outros dois para fora.
Jyuu e Nobuko
saem carregando os cobertores. Era melhor esquecerem o que havia acontecido.
“Nagare!!” O garoto grita, assim que os outros dois
se afastam. “Por que você fez isso?!”
“Eu salvei seu amigo e é assim que você me agradece?”
“Mas precisava bagunçar todas essas coisas?”
“Você só sabe reclamar... Sabia que eu fiquei a tarde
inteira só assistindo vocês? Acha isso divertido?” O grisalho empurra o outro.
“Eu não posso falar com você. Vão pensar que eu sou
louco.”
“Você queria alguém pra ter mais pena do que você é?”
Shio não
responde. Ele somente suspira e sai do sótão.
Não deveria
ter feito aquele desejo.
[1]
Brincadeira com a sentença em japonês: ‘Boku wa Nagare. Nagare Boshi.’
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E então, estão curiosos depois de ler o primeiro capítulo? Esperamos que sim 8D Assim como Doce Solidão, essa história nos trás boas lembranças por ser a primeira que escrevemos como uma equipe de verdade; bons tempos, velhos tempos. Er, bem, antes de entrar em um momento de nostalgia, vamos explicar o porque de ter um grande título "Parte um" lá em cima e de termos classificado o capítulo como I-I: Diferentemente das nossas obras, essa tem dois tipos de divisão, sendo a principal por partes e uma subdivisão de capítulos. Bem, basicamente, são 3 partes, sendo a primeira com 3 capítulos e as outras com 4.
Ainda tínhamos que explicar sobre os capítulos extras, mas... A coisa está ficando grande demais aqui xD Bem, nos vemos na próxima semana~!
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