sábado, 31 de março de 2012

Problemas~

 Como sempre, parece que quando tudo está bem, vem os nossos "queridos"problemas para estragar. Já não bastava  o computador da Sam, que está uma coisa vinda do reino do pai do Rin (para quem não viu Ao no exosrcist, isso significaria inferno) ainda precisa dar problema na internet?! É, tá difícil xD Pedimos desculpas, mas, não temos história (se tentarmos fazer alguma coisa além de digitar -como dar ctrl C/Crtl V no arquivo do word- a internet vai cair e a coisa vai complicar. Então, esperamos que compreendam e prometemos que sexta que vem vai ter capítulo! Até mais!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Fake Star II- IV (Extra)

 E aí,povo?! Está tudo bem com vocês? Esperamos que sim. E, se não, leiam o capítulo extra da semana para rirem um pouquinho e se animarem~!  Sem enrolação, vamos ao que interessa!



(AVISO: Os fatos a seguir acontecem antes do capítulo anterior. Exatamente na semana seguinte ao casamento dos pais de Nobuko e Jyuu.)

 Os dois garotos correm pelo jardim, se espremendo para passarem pela porta. Jogam suas mochilas em cima do sofá e ligam a TV.
“-E a temperatura prevista para hoje é de 20° C. Há uma probabilidade de que, semana que vem neve...” A garota do tempo diz, apontando para um mapa da cidade.
“Há! Eu venci, outra vez!” Nobuko grita, desligando o aparelho.
“Que droga! Como você pode saber a temperatura exata, sempre?! Não vou mais apostar com você!” Jyuu bufa, indo para o quarto.
“Talvez eu devesse virar meteorologista... Ganharia uma boa grana com isso...” O outro garoto o segue.
“Não dá, precisa ser bonito.” O loiro ri da própria piada enquanto tira a blusa.
“Muito engraçado. Devolvo essa um dia, pode ficar sabendo.”
 Os dois trocam de roupa e ligam para uma pizzaria. Seus pais haviam saído em lua de mel e deixado dinheiro para a comida, já que sabiam que os dois não iriam cozinhar.
 Eles se deitam no sofá, esperando até que o motoboy chegue.
“Que fome...” Nobuko diz, jogando a cabeça para baixo.
“Você – sempre – está – com - fome.” Jyuu chuta o outro.
“É culpa minha se eu tenho uma digestão muito rápida?” O garoto empurra o outro.
“... Não acha estranho?”
“O que foi dessa vez, criatura?”
“É que a gente não mudou nada.”
“Se você quer ficar mais alto é melhor começar a fazer exercícios.”
“Não é isso... É que...” O loiro gira no sofá, olhando para frente. “Agora que somos, parentes, não acha que deveríamos agir diferente?”
“E acha que eu iria parar de odiar você sendo ou não uma família?”
“É... Acho que não tem como agirmos de outra maneira...”.
“Ora... Isso me deu uma ideia...” Nobuko sorri, se levantando.
“O que foi? Parece divertido!” O loiro sorri também se levantando.
“Vamos fazer mais uma aposta... E uma das bem grandes!”
“... Diga a aposta e eu pensarei num pagamento, como sempre.”
“Vamos agir como ‘bons irmãos’ por um dia. Quem fizer o outro desistir primeiro, ganha.”
“E quem ganhar pode usar o dinheiro do outro pra comprar qualquer coisa que quiser.”
“Fechado!” Os dois apertam as mãos.
 A campainha toca. A pizza havia chegado.

Um dos despertadores toca. Nobuko se levanta da cama, desligando-o. Espreguiça-se e coloca o uniforme de sempre: o modelo de inverno.
 Ele vai para a cozinha, procurando alguma coisa para comer. Se contentando com duas fatias de pão de forma, ele coloca um sanduíche para esquentar.
 Jyuu aparece, se arrastando até chegar á cadeira da cozinha.
“O que tem pra comer?” Ele fala, com a cabeça enterrada na mesa.
“Tem pão. Eu posso fazer mais um sanduíche pra você.” O garoto diz, com voz mecânica.
“Eu estaria muito grato, irmãozinho.” O loiro sorri, levantando a cabeça.
 Depois de alguns minutos, os dois já haviam engolido a comida e estavam saindo de casa. Caminhar para o colégio demorava um pouco, mas uma caminhada não mataria ninguém.
 Shio já estava na sala quando chegaram. Ele estava ouvindo música, uma coisa rara de se ver.
“Bom dia!” O loiro grita, tirando um dos fones do amigo.
“Ah!” O garoto se assusta. “Precisava fazer isso?”
“Hawa... Mas é tão divertido assustar as pessoas...” Jyuu sorri.
“Eu concordo irmãozinho.” Nobuko senta em sua própria cadeira.
“Obrigada, irmãozinho.”
“O que deu em vocês? Bateram a cabeça num poste hoje de manhã, por acaso?” Shio pergunta, guardando o aparelho em sua mochila.
“Isso é uma...” Um dos irmãos começa a frase.
“... Aposta!” E o outro a termina.
“Ok. Não me envolvam e tudo ficará bem.”
 O sinal toca e todos vão para seus lugares.

As primeiras aulas passam. Sendo assim, com o toque do terceiro sinal, os alunos correm para fora da sala.
 Jyuu, Nobuko e Shio se dirigem ao terraço, como sempre.
“Ah... Esqueci de trazer um suco... Que droga.” Nobuko coça a nuca.
“Pode beber do meu, irmãozinho.” O loiro sorri, entregando uma lata para o outro.
“Tenho a impressão de que isso não vai acabar bem... Por algum motivo.” Shio diz.
“Você sempre diz isso quando fazemos uma aposta grande.” O garoto de cabelo colorido ri.
“Ok. Só não vou aturar o perdedor se ele vier chorando pra mim, que nem da última vez.” O garoto encara Jyuu.
“Veremos quem vai perder!” O loiro levanta um copo vazia que havia pegado.
“Isso mesmo!” Nobuko bate sua lata de suco no objeto.

 Os dois chegam em casa. A aposta ainda duraria mais oito horas. Cada um deles sorria para o outro, pensando em uma forma de fazê-lo desistir.
 Depois de se vestirem, eles almoçam e vão ver TV. Como sempre, a programação não estava nada boa, então decidem desligá-la.
“Então, o que você acha de chamarmos a Shannon? Ela, com certeza, deixaria nossa aposta ficar muito mais, divertida.” Nobuko diz sorrindo.
“Mas o que aquela p...”
“Ãhn? O que você disse?”
“... O que aquela pessoa gentil poderia ter haver com essa aposta?” O loiro corrige a sentença.
“Já lhe disse... Vamos deixar isso cada vez mais interessante!” O garoto pega o seu celular e começa a discar o número de sua namorada.

 A garota chega a casa. Estava vestida de preto e dessa vez, tinha seu cabelo preso por um pingente em forma de caveira.
“E então! Como vai o meu doce e o irmão espevitado?” Shannon diz, colocando suas botas em frente à porta.
“... Boa tarde pra você também.” Jyuu responde, depois de pensar.
“Boa tarde doce.” Nobuko sorri. “Você vai nos ajudar, não é?”
“Ah, aquilo que você me falou pelo telefone? Mas é claro!” A garota sorri. “Bem, eu vou mudar isso um pouquinho, pra que o treco fique mais rápido.”
“Como poderia fazer isso?” Jyuu pergunta.
“Apimentando um pouco as coisas. Cada um precisará obedecer a um desafio, e é claro, vocês iram precisar suportar um ao outro, sem xingamentos ou vingança. Assim, os desafios vão ficando cada vez mais difíceis. Até que alguém ceda.”
“Ótimo. Mas não facilite pra nenhum dos lados.” Nobuko levanta a mão.
“Principalmente para ele.” O loiro cruza os braços.
“Ok, ok, ok.” A garota dá de ombros. “Vamos lá... Preciso de uma introdução legal...”.
“Vai logo!”
“Tá bem! Então... Irmãos precisam saber dar mais valor ao outro do que bens materiais, então, cada um de vocês precisa abrir mão de algo que goste muito...”
“Pode ficar com isso aqui.” Nobuko entrega um colar.
“Espere aí! Não é nada assim tão fácil.” Shannon sorri. “Nokkun, você escolherá algo do Jyuu, e vise versa.”
 O loiro sorri, sem ouvir direito e corre para o quarto, sendo seguido pelo outro.
“Há! Tá aqui! Eu não me atrevo a abrir a caixa, mas sei que tem alguma coisa muito importante aqui!” Jyuu entrega uma pequena caixa para a garota.
“Se é pra apelar, então tá bom.” Nobuko entrega um lenço branco e velho.
“Não vale! Eu ganhei esse lenço da minha avó e-“
“Vença e você o terá de volta.” Shannon guarda os dois artefatos. “Vamos para o próximo!”
“Ok!” Os dois garotos respondem.

 Cinco horas se passam e os três ainda não haviam terminado. Nobuko estava deitado no chão junto com Jyuu, afinal de contas, ficaram fazendo pequenos desafios durante cinco horas. Apesar de que de acordo com o tempo, eles ficavam cada vez mais difíceis.
“Mas que merda! Vocês me fizeram perder a aula de violino!” Shannon grita, olhando para o relógio. “Algum de vocês, faça o favor de desistir!”
“Ainda dá... Pra vencer!” O loiro se levanta.
“E eu... Não vou perder. Já virou questão pessoal.” Nobuko faz o mesmo.
“Eu já não sei mais o que fazer! Vocês já fizeram favores um pro outro, foram colocados numa geladeira, se jogaram do segundo andar[1]... Não tenho mais imaginação!”
“Então faça um último desafio!”
“Um que ninguém em são consciência faria... Ou algo assim.”
 “Então, vamos apelar!” A garota sorri, juntando as mãos. “Beijem-se.”
“... Você tá brincando, não é?” O loiro diz, com a cara lavada.
“Ué? Vocês pediram alguma coisa surreal...” Shannon dá de ombros e se senta no sofá.
“Bem... Aposta é aposta...” Nobuko segura o braço do outro.
“... Se eu desistir, vou perder...” Jyuu treme e se vira, ficando de frente para o outro.
“Então...” Ele aproxima seu rosto.
“... Não! Não! Eu desisto!” O loiro empurra Nobuko. “Credo! Não acredito que ia fazer isso!”
“Então... Eu ganhei?!”
“É o que parece! E eu vou pra casa antes que acabe me grudando ao chão.” A garota sai correndo pela porta.
 O ambiente fica em silêncio por alguns segundo.
“Eu ganhei... Eu ganhei!” Nobuko grita, jogando as mãos para o ar.
“E eu perdi o meu dinheiro para os doces... E meu lenço... Argh... Por que eu sempre perco?”
“É porque você é fraco.” O outro garoto diz, com um ar superior. “Mas eu vou ser bonzinho e te devolver esse treco.”
“Ah! ‘Tanky you’!” Jyuu pega o lenço e coloca no bolso. “... Sei que isso pode ser aleatório, mas, você realmente iria... Me beijar?”
“... Fica por sua conta descobrir.” Ele vai para a cozinha, indo pegar um saco de batatinhas.
“Ei! Você fugiu da pergunta!” O loiro o segue.
“E você fugiu do desafio.” Ele ri.
“Ok... Ok...” Jyuu dá de ombros.



[1] Por favor, não façam isso em casa, crianças...
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 Então... Gostaram do capítulo? Bem, esse é um assunto meio delicado de se falar, mas, todos nós temos um certo amor especial pelo Jyuu e o Nobuko... Não é toa que eles aparecem em mais dois livros! Mas, isso é conversa para outra hora xD Agora estamos em FS e já demos um pequeno spoiller com a informação anterior... Hehehe. Bem, esperamos vocês semana que vem~!

sexta-feira, 16 de março de 2012

FakeStar II-III

Então, chega de enrolação -Espera,a gente nemcomeçou a enrolar!- Então, pra encher espaço, vamos colocar um...-não. Bem, realmente não temos muito o que falar xD Graças a Gegana-sama, Sam está com acabeça girando por aí e é normalmente ela quem inventa essas coisas, então, leiam logo, ok?


Capítulo 3: “Estrelas morrem”

“Você ouviu...” Nagare se agarra na camisa do outro, tentando se levantar. “Eu vou morrer.”
“C-como?! Por quê?!”
“... Olha aqui...” O grisalho puxa um pingente de dentro de sua blusa.
 Era um pequeno círculo brilhante de cristal achatado com uma moldura em ouro. Tinha um brilho fraco e piscava um pouco, como uma lâmpada prestes a queimar.
“... Isso mostra o quanto eu posso viver aqui...” Nagare volta para o chão, desistindo de se levantar e se sentando. “... E dá pra saber que eu não to... Muito bem...”
“... Tem alguma coisa que eu posso fazer?” O garoto pergunta, ficando ao lado do outro.
“... Eu gostaria que você ficasse comigo. Não quero ‘morrer’, sozinho.”
“Não pense que eu vou sair do seu lado. Se fosse possível eu te arrastava de volta.”
“... Não dá... Eu acho que vou voltar, pro céu. Não quero que você... vá até lá...” Nagare brinca.
“Fique aqui! Iria ser horrível ficar sem você...”
“... Continue sua vida. Você tem... Amigos, estranhos, mas que... Gostam de você.” Ele começa a tossir, apertando o abdome. “Ah... Sangue...”
“Eu vou pegar um papel pra-“
“Não! Fique... Aqui!” Nagare o segura pela blusa.
“Está bem...” Shio volta a sentar-se. “O que você quer que eu faça?”
“... Só, continue aqui.” Ele tosse novamente. “... Eu vou te prometer uma coisa... Eu vou tentar voltar... Também não quero ficar sozinho.”
“Seria muito bom.” O garoto tenta sorrir.
 Os sons da respiração de Nagare e de sua tosse são os únicos no quarto. O outro garoto estava quieto, já que não sabia o que poderia fazer.
“... Shio?”
“Sim?”
“Você gosta de mim?”
“... S-sim...” O garoto responde depois de pensar um pouco na pergunta.
“... Pode me abraçar?” Nagare tende a cabeça para trás. “... Eu vi num filme... Uma mulher estava morrendo e... A amiga a abraçava... Achei que poderia... Tentar um dia.”
“Não tem problema.” Shio passa seus braços em volta do outro. “Engraçado... Você é quente.”
“Eu sou uma estrela... Lembra?” Ele ri, mas acaba causando um ataque de tosse. “Ah...”
“O que foi?”
“Eu estou sumindo.” Nagare levanta sua mão, ou a parte que ainda restava dela.
“Ah!” O outro grita, segurando o pulso do grisalho. “Não! Você precisa ficar mais um pouco!”
“... Não dá...” Ele desaparecia cada vez mais rápido, agora só restava uma de suas metades. “... Mas, eu vou... Voltar ouviu?!”
“Naga-“ A estrela já havia desaparecido.
 Havia ido tão rapidamente quanto chegara. Agora o quarto estava vazio.
 Shio continuava sentado. Passava sua mão várias vezes no lugar onde Nagare estava, tentando checar se o outro poderia estar ali. Nada.
“Nagare!” Ele grita, pegando o pingente que estava no chão. O apertava em uma das mãos.
“Cadê você?” Lágrimas começam a sair de seus olhos e a escorrerem por seu rosto.
 Ele morde o lábio, tentando para de chorar. O gosto de sangue tomava conta de sua boca, junto com o salgado das lágrimas.
 Ele olha em volta, procurando alguém. Estava... Sozinho.
 Não sentia aquela sensação há um ano. Não teria ninguém com quem falar. Ninguém com quem brigar ou jogar cartas. Ninguém.
 O que faria? Já não se lembrava de como era ficar daquele jeito.
Sozinho.
 Não gostava daquela situação. Estava começando a se desesperar e isso nunca era bom. Nada dava certo quanto estava desesperado. Suas ações não concordavam com seus pensamentos. Não conseguia agir direito.
Sozinho.
Sua cabeça já estava cheia de perguntas. Ele nota que ainda não havia parado de morder o próprio lábio e que isso havia feito o machucado ficar pior.
Sozinho.
Ele ri. Estava acontecendo de novo.
 Era um problema antigo. Algo que vinha de seu subconsciente. Seus pais sofreram muito por causa daquilo, precisaram pagar vários estragos feitos em janelas, portas... Não são todos os que precisam cuidar de um filho com uma síndrome desconhecida.
 Todos os médicos diziam a mesma coisa. Era algo único e fora do comum, sem nenhum caso registrado. Consistia em ataques estranhos, com um grau parecido com ataques de pânico, que aconteciam quando estava sozinho.
Com a idade, os ataques ficavam menos frequentes. Só precisava conversar com alguém, ou ir a um lugar tumultuado para poder se acalmar.
 Era verdade que aquilo ainda controlava parte de sua vida. Não conseguia agir ou tomar decisões direito quando estava sozinho. Mas era uma vida ‘quase’ normal.
 Agora tudo estava voltando. Era como se todos os ataques antigos se juntassem e começassem a tomar conta de si. Não se sentia bem.
 Aquilo poderia não acabar muito bem. Precisava se acalmar antes que já não conseguisse controlar-se. Mas, o que poderia fazer?
Uma ideia surge em sua cabeça. Quando tinha dez anos, fora a um tratamento de hipnose e aprendera como desligar seu corpo e mente.
 Iria agir por conta de seus próprios instintos e não saberia como voltar a si, mas tudo seria melhor do que ficar sofrendo daquele jeito.
 Aquela seria a sua escolha.
 Ele respira fundo e de vagar, fechando os olhos. Olha para os lados, sem abrir suas pálpebras e para de respirar. Então, lentamente abre os olhos.[1]
 Shio se levanta, vai para a sala e sai pela porta.
Estava chovendo.


Kasanoa estava voltando para casa, batendo os pés. Seu marido o havia obrigado a comprar pão e agora começara a chover. Odiava chuvas, aquilo fazia seu cabelo ficar bagunçado e sua roupa grudava no corpo.
 Mas não tinha o que fazer. Usara todo o dinheiro que estava no bolso para comprar o pão e uma barra de chocolate. Não poderia comprar um guarda-chuva, apesar de que não ajudaria muito, pois já estava todo encharcado.
 E pensar que fora para o lugar mais longe, só para poder caminhar e sentir o ar da manhã...
 Um garoto que vinha andando do lado contrário da rua chama sua atenção. Não o conhecia de algum lugar?
 Antes que pudesse pensar um pouco, o garoto esbarra nele e o encara. Então, desmaia e caí no chão.

“Dwe!” Kasanoa grita, chegando em casa. “Eu trouxe uma... Coisa, pra você!”
“Kasa-san!” O ruivo corre para abraçar o outro, mas acaba parando quando vê que ele trazia outra pessoa consigo. “O que diabos é isso?”
“Acho que é um dos meus alunos...” O professor coloca o garoto em cima do sofá. “Shio. Shio alguma coisa.”
“É Shio Sora. Eu fui a casa dele uma vez. Na verdade, fui à casa de todos os seus alunos.” Dwiea se agacha, olhando para o garoto.
“Eu tenho um marido tão ciumento...” Ele sorri, passando a mão nos cabelos do outro. “Mas, sério, precisamos fazer alguma coisa. Será que ele fugiu de casa?”
“Não. Ele mora sozinho. Também não mantém contato com parentes, ou com outras pessoas além das de seu cotidiano.” O ruivo sorri. “Eu usei vários recursos dessa vez. Sorte minha trabalhar como detetive.”
“Sorte, pode ser, mas não resolve o problema.” O professor suspira, com as mãos no quadril.
 De repente, o garoto abre os olhos e se levanta, olhando para os lados. Depois, se senta no sofá, fitando o nada.
“Ele não tem pupilas...” Dwiea diz, fitando o menor.
“Vou ligar pro Ales. Ele deve saber nos ajudar.” O outro pega o telefone e começa a discar os números.
 Em alguns minutos o homem de cabelo castanho-avermelhado está na porta, trazendo consigo Hilem.
“Chamaram?” Ele diz, sorrindo, enquanto o loiro resmunga alguma coisa.
“É... Precisamos de ajuda aqui.” O ruivo aponta para o garoto que estava sentado no sofá.
“Hum...” Ales começa a examiná-lo.
“É um dos alunos...” Hilem diz ao outro que estava do seu lado.
“Sim. Shio Sora. Mora sozinho.” O moreno coça a cabeça. “Ele desmaiou no meio da rua, então o trouxe pra cá.”
“Ei, você dois!” Ales chama a atenção dos outros. “Eu sei o que é isso.”
“Então... Explique...” Hilem faz sinal para que ele continue falando.
“É hipnose, com certeza. Um tipo de modo off onde você só age por instinto. Essa técnica foi abolida a uns dois anos, por ser arriscada. Mas, parece que o garoto aqui conhecia bastante sobre isso. Está num nível... Profissional, ou maior. O desaparecimento das pupilas mostra um nível bem avançado dessa técnica.”
“Ah... Pobrezinho!” Dwiea abraça o garoto, que só o encara, com uma expressão apagada.
“Mas, como podemos, tirá-lo desse estado?” Kasanoa encara o marido.
“Esse é o problema. Nunca podemos saber quando a pessoa irá acordar, foi por causa disso que a técnica foi abolida. Só podemos esperar e cuidar dele para que não morra.”
“Ótimo... Agora preciso cuidar de um garoto...” O professor geme.
“Não vejo problema... Eu sempre quis ter um filho...” O ruivo cruza os braços.
“Eu e o Hilem ajudaremos vocês, não se preocupem...” Ales sorri.
“Legal, agora estou envolvido...” O loiro pega uma maçã na mochila e começa a comê-la.
 A porta do lugar se abre, ou é arrombada, fazendo com que todos olhem para ela, menos Shio, que estava encarando o nada.
“Há! Eu disse que conseguia!” Um garoto vestindo uma capa de chuva preta diz, socando o ar.
“Mas demorou uma hora pra achar essa droga de lugar!” Outro, com uma capa verde diz, atrás dele.
“É culpa da chuva!”
“Quem diabos são vocês?” Ales diz, apontando uma arma para os dois, assim como Hilem e Kasanoa.
“Calma aí, calma aí.” Os garotos tiram as capas, revelando seus rostos. “Credo, não sabia que professores poderiam portar armas.”
“Justine Grum e Nobuko Darl.” O ruivo abaixa a arma. “São seus alunos, Kasa.”
“Ah... Sim, verdade.” Os outros fazem o mesmo.
“Que medo...” Jyuu diz, entrando com o outro e fechando a porta.
“Como vocês chegaram aqui? Já conheciam o lugar?” Ales - o único que não conhecia os garotos- pergunta.
“Er... Bem...” Jyuu coça a nuca.
“Há coisas que não merecem ser explicadas.” Nobuko responde. “Mas isso não importa, cadê o Shio?”
“É mesmo... Vocês são os garotos que vivem andando com ele...” Hilem coça o queixo. “Pena... Ele tá ali, olha.”
 Os dois se dirigem até onde o garoto estava, indo averiguando o seu estado.
“Por que... Ele tá assim?” Jyuu pergunta, passando a mão à frente do outro para tentar ter um contato.
“Hipnose. E eu não vou explicar tudo de novo.” Ales diz, apoiando-se na parede.
“Você é o cara que tava junto com o professor Hilem, no restaurante.” Nobuko encara o outro. “Por que têm tantos professores aqui?”
“Ah... Vamos dizer que somos velhos amigos. Trabalhamos juntos há algum tempo atrás.” Ales sorri.
“Não dê informações a ele! Isso poderia causar sérios problemas!” Dwiea grita, sentado no sofá.
“Nós não vamos fazer mal algum. Somos só dois adolescentes, o que poderíamos fazer contra quatro adultos?” Jyuu diz, rindo.
“É verdade, Dwe. Não fique tão paranoico por causa do trabalho...” Kasanoa abraça o outro, sentando-se ao seu lado.
“Isso tá parecendo uma casa de malucos.” Hilem joga a parte do meio da maçã que estava comendo no lixo. “Será que dá pra cada um falar sozinho? Tá um saco lembrar de todos os assuntos.”
 Todos se sentam, para acomodarem-se melhor, e começam.
“Bem... A situação é a seguinte; pelo que parece, temos um garoto aqui em estado ‘off’’ que eu achei enquanto estava voltando para casa. Eu e Dwe iremos cuidar dele, com ajuda do Hilem e do Ales.” Kasanoa diz; apontando para Shio.
“E de nossa parte, viemos aqui ou que Shio estava lá em casa e saiu para uma emergência. Como ele estava demorando muito para voltar, decidimos... Procurar por ele.” Nobuko diz seguido do outro.
“Ainda não entendi como vocês conseguiram chegar aqui. Já trabalhei com... Algo assim e não é de se esperar que duas crianças consigam localizar alguém tão rapidamente.” Hilem diz, cruzando as pernas.
“Já disse que algumas coisas não prec-“
“Eu sei por que.” O garoto é interrompido por Dwiea. “Eu peguei um caso no ano passado e ouvi algumas coisas sobre esse garoto.”
“Caso? Ele tem envolvimento com a polícia?” Ales acende um cigarro.
“Não é exatamente isso... Pelo que ouvi dizer, ajudou a encontrar alguns suspeitos de assassinato... Só sei que tem habilidade para encontrar pessoas.” O ruivo termina. Sabia pouca coisa.
“Eu sinto o cheiro delas.” Nobuko fala, olhando para o lado. “Só isso.”
“Ele tem o faro melhor que o de um cão...” Jyuu estava balançando a cadeira na qual estava sentado.
“... Aberrações atraem aberrações...” Kasanoa puxa o cigarro da boca de Ales e o apaga. “Mas, não podemos nos concentrar nisso. Temos um... Uma coisa aqui pra resolver.”
“Vocês disseram que ele saiu para uma emergência. Fazem ideia do que era?” Hilem bate suas botas em baixo da mesa.
“Não. Ele só atendeu uma ligação no celular, disse que era uma emergência e foi pra algum lugar.” O outro loiro diz.
“Ótimo, não temos nem pistas sobre isso.” O ruivo suspira.
“... Bem... Pelo que vi nesse garoto, foi auto-hipnose, ou seja, pelo menos ele não foi atacado.” Ales da de ombros.
“Mas que motivos ele teria para fazer isso?” Nobuko pergunta.
“... Se ele recebeu uma ligação, significa que alguém mais está envolvido. Essa pessoa pode estar ligada a situação.”
“O que é isso?” Dwiea aponta para um colar no pescoço de Shio.
“Uhm... Ele não tava com isso quando saiu lá de casa...” Jyuu fita o objeto.
“Parece caro...” Kasanoa puxa o colar.
 Imediatamente Shio puxa a corrente para si, preocupado e por alguns segundos suas pupilas voltam a aparecer. Porém, não demora para que ele volte ao estado anterior.
“... Wow...”
“O que foi isso?” Todos formam um círculo em volta do garoto.
“Foi uma falha.Acontece quando o subconsciente dele manda um pequeno sinal para o cérebro...Isso significa que pode ser um objeto importante para ele. Confiem, eu não erro.” Ales guarda os óculos escuros de lentes laranja que estavam pendurados em sua blusa.
“... Eu já vi você errar... Várias vezes.” Hilem sorri sarcasticamente para ele.
“Esquecer-se de imprimir uma prova é outra coisa. Não ligo pra esses trecos, sou só um assistente.”
“Ah!” Nobuko aponta para o homem. “Você que fez a gente não ter prova de matemática!”
“Obrigado!” Jyuu abraça o outro levando uma encarada de Hilem.
“...Bem... Continuando, isso foi um tipo de ‘falha’. O que significa que eu posso resolver esse problema, se puder vir aqui por algum tempo... Dou no mínimo, seis meses.” O ruivo diz, empurrando o garoto.
“Então, tudo resolvido? Ninguém mais precisa falar?” Kasanoa junta as mãos, sorrindo.
“S-sim...”
“Então... Saiam da minha casa!” O professor diz segurando floretes que haviam caído de suas mangas sem retirar o sorriso.
“Eu nem sei por que vim. To indo.” Hilem sai, batendo a porta.
“Subordinado saindo de cena...”Ales segue o outro, colocando os óculos escuros.
“Credo... E pensar que um professor é assim fora da escola...” Jyuu sai, sendo seguido por Nobuko.
“... E... Foram embora.” O moreno guarda as lâminas dentro de suas mangas.
“Você não precisava ser tão mal...” Dwiea diz, sentado no sofá, enquanto brinca com o cabelo de Shio.
“... E você gosta de caras maus, não é?” Ele sorri, passando os braços em volta do pescoço do outro.
“Você me pegou.” O ruivo ri. “E eu quase esqueci... Três é o número perfeito.”
“Errado. Três é só uma parte, sete é a totalidade.”
“Três é o equilíbrio.”
“Sete.”
“Três.”
“Sete...”
“Eu sei que você gosta de três. E se quiser, posso provar isso.” Ele sorri maliciosamente, jogando o cabelo para o lado.
“...Vamos deixar o ponto em aberto... Como sempre.”
“Mas que você gosta do número eu sei...”
“C-cala a boca...” Kasanoa sussurra, corando.



[1] AVISO: Essa é, na verdade, uma técnica de relaxamento. Não somos idiotas o suficiente para colocar algo verdadeiro, ok? xD
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Há!E aí estão as cenas mais chocantes da história! (Não que não tenham outras piores pela frente... Só aguardem, muhawhawhaw!) Então, é isso aí! Até semana que vem! Torçam para que a Tia Sam estaja melhor, se não vão ter que aguentar a mim (R.A.N) e o Ayzami com nossas frases sem sentido.
Até semana que vem!

sábado, 10 de março de 2012

Fake Star II-II

Desculpem-nos por demorar tanto >.< Estávamos em semana de provas e as coisas se acumularam, não tivemos tempo. Mas, sem demora, vamos logo ao post!

 

Capitulo 2: “Menos uma estrela no céu.”


  Eram cinco da manhã quando Nagare acordara. Ainda estava escuro, já que o sol só iria sair por volta da seis horas e alguns minutos...
 Ele se vira para o outro lado da cama, tentando voltar a dormir. Porém, uma dor intensa em seu estômago o atrapalhava e o fazia contorcer-se. Não era a primeira vez que isso acontecia.
 Desistindo, ele levanta e vai em direção ao banheiro. Estava começando a se sentir enjoado e não queria vomitar no quarto; iria ser um grande incômodo para Shio.
 As pontadas ficavam fortes e lhe davam falta de ar. Era imensa a dificuldade de respirar, ainda mais com seu coração acelerado.
 Ele tenta acalma-se, forçando seu coração a voltar ao ritmo normal. Não estava funcionando, seu enjoo só aumentava e agora já estava se sentindo tonto. Para seus olhos, aquele lugar não parava de girar e chão se movia como o mar.
Estava sentindo ânsia. Era melhor tentar vomitar do que se martirizar durante o resto da madrugada, além do, mas, Shio iria acordar logo.

 O garoto boceja e se espreguiça. A luz do sol o havia acordado mais cedo do que deveria, mas não era problema, sábados são dias de aproveitar ao máximo o tempo.
Ele coloca uma roupa fresca e vai para a cozinha. Seu estômago estava roncando de fome.
Nagare. Onde ele estaria? Normalmente demorava uma hora a mais do que ele para acordar, e sempre reclamava para tentar dormir mais. Também não era comum desaparecer pela manhã...
 Shio entra no banheiro e tropeça em alguma coisa, quase caindo no chão. Ele olha para baixo e percebe que havia chutado Nagare.
 Ele se ajoelha e tenta acordar o outro, que resmunga algumas coisas e volta a dormir, se virando. O garoto sorri e o arrasta até o sofá; dormir no chão não iria ser muito bom e nem confortável.
Indo para a cozinha, ele pega alguns ingredientes para preparar panquecas. Queria comer alguma coisa doce e isso o iria satisfazer.
 Depois de alguns minutos o grisalho aparece no lugar.
“Muito bom dia.” Ele diz, coçando os olhos e sorrindo.


 Nagare estava no sofá da sala, batendo suas botas no chão, como sempre fazia. Estava esperando Shio se trocar para poderem ir a um café, com o garoto havia prometido dias antes.
 Shio sai de seu quarto. Vestia uma blusa listrada preta e banca com uma calça preta e botas, além de um casaco grosso marrom com alguns pelos na gola.
“Então, vamos?” Ele sorri.
“Yeah!” O grisalho se levanta.
 O café não ficava a uma quadra do lugar. Era pequeno e parecia um bistrô Frances apesar de ser simples.
 Além dos dois, não havia mais ninguém. Como havia sido dito pela previsão do tempo, estava frio e começara a chover.
 Shio se senta em uma das mesas, sinalizando para Nagare fazer o mesmo.
“Mas, não seria estranho?”
“A única pessoa aqui é a atendente, e pelo que parece, ela não está muito ‘aqui. ’” Ele aponta para a garota que estava ouvindo música no caixa. “Quer pedir alguma coisa?”
“Hum... Algo com queijo, com certeza.” O grisalho levanta o polegar.
“Imaginei.” Shio sorri. “Vou pegar alguma coisa pra mim e algo pra você também.”
 O garoto se levanta e vai até o balcão, tentando fazer ‘contato’ com a atendente.
 Nagare puxa um pingente que estava por baixo de sua blusa e começa a examiná-lo, passando-o por entre seus dedos depois. Ele suspira, colocando-o de volta no lugar antes que o outro chegue.
 Shio havia comprado um croassaint de queijo para Nagare e um pedaço de bolo para si. O grisalho olha para o balcão, checando se poderia comer normalmente, sem se preocupar com a garota que estava lá. Ela colocara os fones de ouvido de novo e estava sentada, com os olhos fechados.
“Então, está bom?” Shio diz, sorrindo.
“Shism!” O grisalho balbucia enquanto morde o salgado.
“... Sabe... Eu estava pensando em uma coisa...”
“No que?”
“Como você consegui vir para este mundo?”
“... Não sei direito. Estava por aí, te ouvi e... Quando percebi já estava com você. Foi estranho e rápido.”
“Sim, muito estranho... Acho que eu atraio coisas e pessoas estranhas.” O garoto suspira comendo a última parte da fatia de bolo.
 Nagare termina de comer e começa a fita-lo.
“O que foi dessa vez?” Shio pergunta.
“... O que você faria se eu fosse... Embora?”
“... Buscaria você onde quer que esteja?” O garoto responde, brincando.
“Não, eu quero saber. O que você faria se eu fosse embora, para sempre?” Ele pergunta novamente.
“... Acho que não conseguiria fazer mais nada.” Shio responde, depois de pensar.
“Hum.”
“Mas, por que você queria saber sobre isso?”
“Só imaginando. Nada de mais.”
 Shio ergue uma das sobrancelhas, achando aquilo esquisito. Porém, já conhecia Nagare e sabia que o que ele dizia era estranho e inesperado.
 Depois de uma hora conversando sobre programas de TV e afins, os dois se levantam e decidem voltar para casa.
 “Shio, o que é isso?” Nagare diz, apontando para cima.
“É neve. Está começando a nevar.” O garoto levanta sua mão pegando alguns flocos. “E esses são flocos de neve. Bonitos não?”
“São muito bonitos!” O grisalho pega um deles em sua mão. “Parecem feitos de cristal...”
“Olha pra cá!” Shio joga uma bola de neve no outro.
“Ah! É gelado!” Ele grita, tentando tirar a neve de seu rosto.
“He. Que tal começar uma guerra? Faz tempo que eu não faço isso...”
“Uma guerra? Está bem!” O grisalho joga uma bola de neve no outro.
“Ah! Isso foi trapaça!”
 Os dois começam uma guerra de bolas de neve e se distraem por algum tempo, já que precisaram parar quando algumas pessoas apareceram na rua. Vão para casa depois disso.

 Era uma manhã de domingo. Ainda eram sete horas, mas o telefone estava tocando desesperadamente.
 Shio se levanta, ainda tentando acordar e atende o aparelho.
“... Alô?” Diz ele, com uma voz cansada.
“Shio! Shio! Você precisa vir pra cá agora!” Jyuu grita do outro lado da linha.
“O que foi?”
“O Nokkun tava arrumando os fundos da casa e a gente achou uma coisa!”
“Que coisa? É melhor você ir direto ao ponto.”
“Não sei dizer! Vem logo!” Ele desliga o telefone.
 Shio suspira. Não queria ter que sair a essa hora, mas não tinha outra escolha. Jyuu seria capaz de arrastá-lo a força se quisesse.
 Ele se veste e vai à casa dos outros dois. Havia avisado Nagare que estava saindo, mas ainda não estava muito acordado. Não importava. Se algo acontecesse, ele tinha o número de seu celular.
 A casa era grande, um pouco maior do que a de Shio. Era possível ver os dois andares que estavam escondidos entre as árvores do jardim, que ao contrário do seu, ficava na parte da frente da casa.
 O garoto não teve muito tempo para admirar, pois logo Nobuko abrira a porta.
“Vai entrar ou não?” Ele se apoiava na estrutura de madeira.
“Como sabia que eu estava aqui?” Shio diz, entrando na casa.
“Há coisas que não merecem ser explicadas...” O garoto de cabelo verde coloca as mãos nos bolsos. “... Desculpe se você tava fazendo alguma coisa, o Jyuu insistiu em ligar pra você. Aquela bola de açúcar não sabe que outras pessoas também têm uma vida.”
“Não tem problema, eu não estava fazendo nada importante.” Os dois caminham até a sala onde o loiro estava. “Mas então, o que é que vocês encontraram?”
“Aqui olha!” Jyuu estende o objeto.
 Era uma bola de vidro ou cristal, azul escura com pontos brancos que cintilavam por toda sua estrutura. Alguns se moviam e piscavam.
“Eu perguntei pro pai do Nokkun. Parece que era da bisavó dele, é uma representação ‘do céu na terra’.” O loiro diz agitado.
“Como isso funciona?”
“Tá vendo esses pontos mais fortes? São planetas.” Nobuko aponta para alguns pontos brilhantes.
“E essas aqui são estrelas. Tem um brilho menor.” O loiro aponta para os outros pontos.
“Dá pra ver as constelações... Todas estas estrelas existem?”
“Sim. Existe uma para cada no céu. Elas são exatamente iguais.”
“Ah; aquela ali apagou. O que aconteceu?” Jyuu pergunta, apontando para uma estrela.
“Estrelas morrem, não sabia? Agora ela virou um buraco negro.” Nobuko sente no sofá, junto com o outro.
 Shio para por um momento. Aquela frase ecoava em sua cabeça. Estava sentindo alguma coisa estranha, parecia que algo de ruim estava prestes a acontecer.
 O celular do garoto toca e ele atende, se levantando.
“Alô?” Ele diz.
“... Shio... Vem pra cá, por favor...” Uma voz sussurrante diz do outro lado.
“Naga-“
“Vem logo!... É uma... Urgência...” O som do telefone sendo desligado é ouvido.
 “Algum problema?” Jyuu pergunta ao outro.
“E-eu preciso ir!” Ele diz, guardando o aparelho. “Desculpa! É uma coisa importante!”
 O garoto corre até sua casa. Por mais rápido que estivesse indo parecia demorar uma eternidade.
 Nem ao menos via para onde estava indo. Por algum motivo, sabia que não era brincadeira. Nagare parecia realmente ruim.
 Ele finalmente chega a casa e abre a porta com um estrondo, parando para respirar. Em segundos vai para a sala e começa a procurar o grisalho.
 O encontra no canto do quarto, jogado no chão tentando se apoiar na parede. Respirava com dificuldade.
“... Shio...” Ele diz, com um esforço.
“O que foi?! O que aconteceu?!” O garoto se desespera, tentando ajudar o outro.
“... Eu vou... Morrer.” Diz ele, tentando forçar um sorriso.
 Shio para e começa a encarar o outro.
“O-o que?”

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Há! Quem esperava por isso levanta a mão! xD Adoramos um suspense de vez em quando, só para maltratar vocês mesmo xD Bem, hoje é um dia raro onde não sabemos exatamente o que falar, então, até mais povo! 
NOTA: A promoção lançanda no fim do capítulo passado ainda é valida.