Desculpem-nos por demorar tanto >.< Estávamos em semana de provas e as coisas se acumularam, não tivemos tempo. Mas, sem demora, vamos logo ao post!
Capitulo 2: “Menos uma estrela no céu.”
Eram cinco da manhã quando Nagare acordara.
Ainda estava escuro, já que o sol só iria sair por volta da seis horas e alguns
minutos...
Ele se vira
para o outro lado da cama, tentando voltar a dormir. Porém, uma dor intensa em
seu estômago o atrapalhava e o fazia contorcer-se. Não era a primeira vez que
isso acontecia.
Desistindo,
ele levanta e vai em direção ao banheiro. Estava começando a se sentir enjoado
e não queria vomitar no quarto; iria ser um grande incômodo para Shio.
As pontadas
ficavam fortes e lhe davam falta de ar. Era imensa a dificuldade de respirar,
ainda mais com seu coração acelerado.
Ele tenta
acalma-se, forçando seu coração a voltar ao ritmo normal. Não estava
funcionando, seu enjoo só aumentava e agora já estava se sentindo tonto. Para
seus olhos, aquele lugar não parava de girar e chão se movia como o mar.
Estava sentindo ânsia. Era melhor tentar vomitar do
que se martirizar durante o resto da madrugada, além do, mas, Shio iria acordar
logo.
O garoto
boceja e se espreguiça. A luz do sol o havia acordado mais cedo do que deveria,
mas não era problema, sábados são dias de aproveitar ao máximo o tempo.
Ele coloca uma roupa fresca e vai para a cozinha. Seu
estômago estava roncando de fome.
Nagare. Onde ele estaria? Normalmente demorava uma
hora a mais do que ele para acordar, e sempre reclamava para tentar dormir
mais. Também não era comum desaparecer pela manhã...
Shio entra no
banheiro e tropeça em alguma coisa, quase caindo no chão. Ele olha para baixo e
percebe que havia chutado Nagare.
Ele se ajoelha
e tenta acordar o outro, que resmunga algumas coisas e volta a dormir, se
virando. O garoto sorri e o arrasta até o sofá; dormir no chão não iria ser
muito bom e nem confortável.
Indo para a cozinha, ele pega alguns ingredientes para
preparar panquecas. Queria comer alguma coisa doce e isso o iria satisfazer.
Depois de
alguns minutos o grisalho aparece no lugar.
“Muito bom dia.” Ele diz, coçando os olhos e
sorrindo.
Nagare estava
no sofá da sala, batendo suas botas no chão, como sempre fazia. Estava
esperando Shio se trocar para poderem ir a um café, com o garoto havia
prometido dias antes.
Shio sai de
seu quarto. Vestia uma blusa listrada preta e banca com uma calça preta e
botas, além de um casaco grosso marrom com alguns pelos na gola.
“Então, vamos?” Ele sorri.
“Yeah!” O grisalho se levanta.
O café não
ficava a uma quadra do lugar. Era pequeno e parecia um bistrô Frances apesar de
ser simples.
Além dos dois,
não havia mais ninguém. Como havia sido dito pela previsão do tempo, estava
frio e começara a chover.
Shio se senta
em uma das mesas, sinalizando para Nagare fazer o mesmo.
“Mas, não seria estranho?”
“A única pessoa aqui é a atendente, e pelo que
parece, ela não está muito ‘aqui. ’” Ele aponta para a garota que estava
ouvindo música no caixa. “Quer pedir alguma coisa?”
“Hum... Algo com queijo, com certeza.” O grisalho
levanta o polegar.
“Imaginei.” Shio sorri. “Vou pegar alguma coisa pra
mim e algo pra você também.”
O garoto se
levanta e vai até o balcão, tentando fazer ‘contato’ com a atendente.
Nagare puxa um
pingente que estava por baixo de sua blusa e começa a examiná-lo, passando-o
por entre seus dedos depois. Ele suspira, colocando-o de volta no lugar antes
que o outro chegue.
Shio havia
comprado um croassaint de queijo para Nagare e um pedaço de bolo para si. O
grisalho olha para o balcão, checando se poderia comer normalmente, sem se
preocupar com a garota que estava lá. Ela colocara os fones de ouvido de novo e
estava sentada, com os olhos fechados.
“Então, está bom?” Shio diz, sorrindo.
“Shism!” O grisalho balbucia enquanto morde o
salgado.
“... Sabe... Eu estava pensando em uma coisa...”
“No que?”
“Como você consegui vir para este mundo?”
“... Não sei direito. Estava por aí, te ouvi e...
Quando percebi já estava com você. Foi estranho e rápido.”
“Sim, muito estranho... Acho que eu atraio coisas e
pessoas estranhas.” O garoto suspira comendo a última parte da fatia de bolo.
Nagare termina
de comer e começa a fita-lo.
“O que foi dessa vez?” Shio pergunta.
“... O que você faria se eu fosse... Embora?”
“... Buscaria você onde quer que esteja?” O garoto
responde, brincando.
“Não, eu quero saber. O que você faria se eu fosse
embora, para sempre?” Ele pergunta novamente.
“... Acho que não conseguiria fazer mais nada.” Shio responde,
depois de pensar.
“Hum.”
“Mas, por que você queria saber sobre isso?”
“Só imaginando. Nada de mais.”
Shio ergue uma
das sobrancelhas, achando aquilo esquisito. Porém, já conhecia Nagare e sabia
que o que ele dizia era estranho e inesperado.
Depois de uma
hora conversando sobre programas de TV e afins, os dois se levantam e decidem
voltar para casa.
“Shio, o que é
isso?” Nagare diz, apontando para cima.
“É neve. Está começando a nevar.” O garoto levanta
sua mão pegando alguns flocos. “E esses são flocos de neve. Bonitos não?”
“São muito bonitos!” O grisalho pega um deles em sua
mão. “Parecem feitos de cristal...”
“Olha pra cá!” Shio joga uma bola de neve no outro.
“Ah! É gelado!” Ele grita, tentando tirar a neve de
seu rosto.
“He. Que tal começar uma guerra? Faz tempo que eu não
faço isso...”
“Uma guerra? Está bem!” O grisalho joga uma bola de
neve no outro.
“Ah! Isso foi trapaça!”
Os dois
começam uma guerra de bolas de neve e se distraem por algum tempo, já que
precisaram parar quando algumas pessoas apareceram na rua. Vão para casa depois
disso.
Era uma manhã
de domingo. Ainda eram sete horas, mas o telefone estava tocando
desesperadamente.
Shio se
levanta, ainda tentando acordar e atende o aparelho.
“... Alô?” Diz ele, com uma voz cansada.
“Shio! Shio! Você precisa vir pra cá agora!” Jyuu
grita do outro lado da linha.
“O que foi?”
“O Nokkun tava arrumando os fundos da casa e a gente
achou uma coisa!”
“Que coisa? É melhor você ir direto ao ponto.”
“Não sei dizer! Vem logo!” Ele desliga o telefone.
Shio suspira.
Não queria ter que sair a essa hora, mas não tinha outra escolha. Jyuu seria
capaz de arrastá-lo a força se quisesse.
Ele se veste e
vai à casa dos outros dois. Havia avisado Nagare que estava saindo, mas ainda
não estava muito acordado. Não importava. Se algo acontecesse, ele tinha o
número de seu celular.
A casa era
grande, um pouco maior do que a de Shio. Era possível ver os dois andares que
estavam escondidos entre as árvores do jardim, que ao contrário do seu, ficava
na parte da frente da casa.
O garoto não
teve muito tempo para admirar, pois logo Nobuko abrira a porta.
“Vai entrar ou não?” Ele se apoiava na estrutura de
madeira.
“Como sabia que eu estava aqui?” Shio diz, entrando
na casa.
“Há coisas que não merecem ser explicadas...” O
garoto de cabelo verde coloca as mãos nos bolsos. “... Desculpe se você tava
fazendo alguma coisa, o Jyuu insistiu em ligar pra você. Aquela bola de açúcar
não sabe que outras pessoas também têm uma vida.”
“Não tem problema, eu não estava fazendo nada
importante.” Os dois caminham até a sala onde o loiro estava. “Mas então, o que
é que vocês encontraram?”
“Aqui olha!” Jyuu estende o objeto.
Era uma bola
de vidro ou cristal, azul escura com pontos brancos que cintilavam por toda sua
estrutura. Alguns se moviam e piscavam.
“Eu perguntei pro pai do Nokkun. Parece que era da
bisavó dele, é uma representação ‘do céu na terra’.” O loiro diz agitado.
“Como isso funciona?”
“Tá vendo esses pontos mais fortes? São planetas.”
Nobuko aponta para alguns pontos brilhantes.
“E essas aqui são estrelas. Tem um brilho menor.” O
loiro aponta para os outros pontos.
“Dá pra ver as constelações... Todas estas estrelas
existem?”
“Sim. Existe uma para cada no céu. Elas são
exatamente iguais.”
“Ah; aquela ali apagou. O que aconteceu?” Jyuu
pergunta, apontando para uma estrela.
“Estrelas morrem, não sabia? Agora ela virou um
buraco negro.” Nobuko sente no sofá, junto com o outro.
Shio para por
um momento. Aquela frase ecoava em sua cabeça. Estava sentindo alguma coisa
estranha, parecia que algo de ruim estava prestes a acontecer.
O celular do
garoto toca e ele atende, se levantando.
“Alô?” Ele diz.
“... Shio... Vem pra cá, por favor...” Uma voz
sussurrante diz do outro lado.
“Naga-“
“Vem logo!... É uma... Urgência...” O som do telefone
sendo desligado é ouvido.
“Algum
problema?” Jyuu pergunta ao outro.
“E-eu preciso ir!” Ele diz, guardando o aparelho.
“Desculpa! É uma coisa importante!”
O garoto corre
até sua casa. Por mais rápido que estivesse indo parecia demorar uma
eternidade.
Nem ao menos
via para onde estava indo. Por algum motivo, sabia que não era brincadeira.
Nagare parecia realmente ruim.
Ele finalmente
chega a casa e abre a porta com um estrondo, parando para respirar. Em segundos
vai para a sala e começa a procurar o grisalho.
O encontra no
canto do quarto, jogado no chão tentando se apoiar na parede. Respirava com
dificuldade.
“... Shio...” Ele diz, com um esforço.
“O que foi?! O que aconteceu?!” O garoto se
desespera, tentando ajudar o outro.
“... Eu vou... Morrer.” Diz ele, tentando forçar um
sorriso.
Shio para e
começa a encarar o outro.
“O-o que?”
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Há! Quem esperava por isso levanta a mão! xD Adoramos um suspense de vez em quando, só para maltratar vocês mesmo xD Bem, hoje é um dia raro onde não sabemos exatamente o que falar, então, até mais povo!
NOTA: A promoção lançanda no fim do capítulo passado ainda é valida.
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