sexta-feira, 6 de abril de 2012

Fake Star III-I

Finalmente estamos sem problemas xD Esperamos que isso dure mais tempo, assim podemos nos organizar x.x Bem, parece que o tempo em que tinhamos um discurso completo antes de cada post acabou e nossa criatividade está sendo totalemnte voltada para as histórias xD Então, curtam o capítulo dessa semana~!

Parte três: Estrela falsa


Capitulo 1: O despertar

“E é isso, por hoje.” O professor loiro diz, fechando o livro.
“Vocês esqueceu-se de passar o dever de casa...” Um aluno diz, sendo vaiado pelos outros da turma.
“Não, você errou. Hoje eu realmente não vou passar dever para vocês. Comemorem o quanto for preciso.” Ele sai da sala, enquanto os alunos gritam dentro do lugar.
 Jyuu se levanta e vai para onde está sentado seu irmão. Ele cutuca suas costas.
“Ãhn? O que foi?” O garoto diz, se virando.
“Uhn... Nada... Eu só estava com tédio.” O loiro sorri.
“Você não aguenta ficar parado não é? Já é a quinta vez hoje... Deixa, pelo menos, a aula terminar, aí eu dou um pouco de atenção pra você.”
 Jyuu suspira, voltando ao próprio lugar.

 O último sinal toca e com ele, todos os alunos correm para a porta. Menos, dois deles, que caminham de vagar até a sala dos professores.
“Você precisa inventar um código que cause menos alvoroço, Hilem.” Nobuko diz, tirando uma mecha de cabelo dos olhos.
“A professora do horário seguinte quase jogou o apagador pela janela pra acalmar o povo...” Jyuu comenta.
“Eu disse isso, mas alguns idiotas adoram ver uma baderna.”
“É divertido, ora...” Ales diz, enquanto tenta concertar a copiadora.
“Mas, pra que vocês nos chamaram aqui? É alguma coisa muito importante?” Jyuu diz, pegando um chiclete no bolso.
“Muito importante.” Kasanoa sai de baixo da mesa da sala, segurando uma mochila. “Mas, por enquanto, quero que vocês venham até a minha casa.”
“Sim senhor...” Os dois garotos dizem, seguindo-o.

 Os três chegam à pequena casa. Por algum motivo, nenhuma das luzes estava ligada, mas podiam-se ouvir alguns sussurros vindos da sala de estar.
 Enquanto Jyuu e Nobuko jogam suas mochilas no chão, o professor liga as luzes, apertando o interruptor.
 Dwiea estava no sofá, junto a Shio. Os dois estavam se encarando.
“O que diabos você está fazendo?” Kasanoa pergunta, jogando o cabelo para o lado.
“Ah! Kasa!” O ruivo pula no outro, com os braços em volta de seu pescoço. “Por que você demorou? Sabe que é horrível ficar aqui e-“
“Responda a pergunta, primeiro...”
“Eu estava testando uma coisa. Mas não era nada muito importante.” Ele sorri, sem se soltar. “Ah... Oi pra vocês.” Acena.
“Oi.” Os dois garotos retribuem.
“Mas, afinal de contas, pra que você nos chamou?” Nobuko pergunta.
“Tenho uma boa notícia.” O professor sorri, soltando o outro de seu pescoço. “De acordo com os testes, o Shio pode voltar para a escola.”
“M-mesmo?” O loiro sorri. “Mas como...?”
“Apesar de não poder falar ainda, ele consegue obter informações e usá-las, agora. É claro, demorou um pouco para que isso acontecesse, mas já é um passo.” O ruivo levanta o polegar, fazendo um sinal de positivo.
“Isso também significa que ele... Que o Shio de antes pode voltar, não é?” Nobuko sorri.
“Exatamente. E de acordo com o Ales, o resto dependo desse garoto.”
 Os garotos sorriem e apertam as mãos, estralando-as. Os dois outros também sorriem.
 Isso era o resultado de um ano. O tempo passara de vagar, ao contrário do ano anterior. Durante todo esse tempo, Shio ficara naquela casa, sendo cuidado por Dwiea e Kasanoa.
 Shio interrompe a cena, puxando a manga do ruivo.
“Ah... Certo, ainda não fiz o almoço.” Ele lembra, olhando para o relógio. “Mas eu estou atrasado... Kasa...?”
“Ok, eu faço comida pra mim e pro moleque.” Ele coça a nuca. “O que seria de você sem mim?”
“A mesma coisa que você sem a mim. Um grande e vazio ‘nada’.” Ele envolve o outro em seus braços e os dois começam a trocar um beijo.
 Jyuu e Nobuko aproveitam para sair do lugar. Não que não quisessem ver o amigo, mas ficar na casa daquele ‘casal’ incomodava a ambos.
“...Como é bonito o amor, não é, caro irmã?” O garoto de cabelo colorido diz, suspirando.
“E pensar que há dois anos você estava reclamando daqueles dois...” O loiro sussurra.
“As pessoas ficam sentimentais depois que levam um fora, sabia...?” Nobuko suspira novamente. “Já é a segunda vez que alguém termina comigo pelo mesmo motivo...”
“A culpa é sua. Você passa muito tempo comigo e não tem tempo para elas.”
“Aff... É que eu me acostumei a ficar com você por aí...” Ele dá de ombros.
“É melhor você calar essa boca antes que fale algo desnecessário.”
“Verdade... Bem, calei então.”

 O sol passa pela janela e joga sua luz sobre o rosto do garoto. Se virando para o outro lado, ele tenta ignorar, mas é detido pelo despertador. Então, batendo no aparelho, se levanta da cama.
 Ele coloca o próprio uniforme e vai para a cozinha, onde já estava uma mesa de café da manhã preparada. Seu cheiro ocupava todo o lugar, dando água na boca.
“Bom dia Shio!” Dwiea diz, enquanto coloca um pouco de leite em sua própria xícara.
 Ele e Kasanoa estavam sentados na mesa, ainda não haviam começado o café.
 O garoto se senta à mesa e começa a comer, sendo acompanhado pelos outros dois.
“Você vai para a escola hoje, como eu disse antes. Irá ir e voltar com Kasa entendeu?”
 O garoto o fita. Suas pupilas haviam voltado, mas a expressão de vazio continuava, apesar de estar conseguindo demonstrar emoções, vez ou outra.
“Mesmo tendo ficado aqui por um ano, você teve nota o suficiente na 8ª série para poder se formar. Você irá somente ter algumas aulas a mais por algum tempo, para que você possa aprender o que perdeu.” O professor diz.
 O garoto dá um pequeno sorriso.
“Vão logo, se não, irão se atrasar.” Dwiea se levanta da mesa e é acompanhado pelos dois.
Shio sai primeiro e fica esperando o outro do lado de fora.
“Kasa-san...Ver aquele garoto me dá uma pena danada... O que será que o fez fazer algo assim?”
“Eu realmente não sei. Não consegui achar nada sobre ele.”
 “... Deixa... Eu sei que essa parte eu não posso solucionar.” O ruivo tenta sorri. “Vá com cuidado, ouvi?”
“E você também.”

 Os alunos encaravam o garoto; haviam formado um círculo a sua volta. Ele, por sua vez, estava preso a sua própria cadeira, com um rosto assustado.
“Você... Não vai falar nada?” Uma garota ruiva pergunta, mascando chiclete.
 Ele a encara.
“Ele não é aquele cara que sumiu durante um tempo?” Um garoto atrás de Shio pergunta.
“É verdade...”
“Qual era o nome dele mesmo?”
“Acho que era...”
“Shio!!” Jyu diz, atravessando o círculo de alunos.
 O garoto sorri.
“O que ele tem?” Outra garota pergunta ao loiro.
“Ele ficou internado por um tempo.” Diz Nobuko, também entrando no círculo e o desmanchando. “Fez uma cirurgia e não pode falar muito, por que forçaria a própria garganta.”
“É bom ver você de volta.” Jyuu diz, depois que todos voltam para seus lugares.
 Shio desvia seu olha para a carteira, sem prestar muita atenção ao amigo.
“Acho que ele não se lembra de muita coisa...” O outro apoia os pés na cadeira a sua frente. “Deve ser por causa daquela... Auto-hipnose, ou sei lá.”
“Que coisa... Então ele ainda parece um boneco...” O loiro suspira. “Quero o Shio de antes de volta...”
“Pelo que o Kasa disse, só depende dele.” Nobuko bagunça o cabelo do outro, que o encara. “Mas que ele parece um boneco, é verdade.”
 O sinal toca, interrompendo os dois adolescentes que, por sua vez, voltam aos lugares enquanto o professor chega.
 O homem joga suas coisas em cima da mesa e sorri.
“Bom dia, pirralhos!” Ele tira alguns fios de sua testa. “O professor de matemática não veio, então eu o estarei substituindo por hoje.”
 A sala fica em silêncio durante alguns segundos e logo os alunos estão comemorando. Alguns somente gritam e outros pulam de suas cadeiras.
Uma garota se levanta e vai até o quadro, ficando de frente para o professor. Então, dá um tapa em sua cara.
“Isso é por dois anos atrás, Isurans.” Carrie sorri, dando ênfase a última palavra,e volta para o lugar.
“Eu não acredito!” Outra garota grita. “Professor! Você de novo!”
 Os sussurros se propagam pelo lugar. Com o sistema da escola, as turmas nunca mudavam depois da sétima série, então todos ali se lembravam do incidente de dois anos atrás.
“... Bem... Eu vou passar os exercícios que o Hillem me deu. Vou avisando que são 50 itens, então é melhor vocês começarem a copiar logo.” O professor diz, escrevendo no quadro branco.
 Não tendo outra opção, os alunos abrem seus cadernos e começam a anotar.

 O último sinal do dia toca e a porta se enche de adolescentes desesperados para saírem do confinamento escolar. Jyuu e Nobuko tomam caminho até a sala dos professores, onde encontram Hilem e Kasanoa conversando.
“Você não disse que o demônio loiro havia faltado?” O garoto de cabelo colorido pergunta.
“Foi mentira. E que ótimo apelido você tem, Hilem.” Ele sorri para o outro.
“É, eu sou um demônio, e dái? A vida não é fácil.” Resmunga.
“É ótimo ver vocês trocando insultos, mas eu queria falar com o outro... O Ales.” Jyuu diz, afastando um pouco do cabelo para trás.
“Não trabalha mais como meu assistente e fugiu do mundo ontem. Se quiser falar com ele, procure você.” Hilem responde friamente, tomando uma xícara de café em um gole.
“Não seja tão mal com eles só porque que está de mau humor.” O moreno cutuca o outro com o cotovelo. “Mas por que vocês queriam ver ele?”
“Esperança de trazer o Shio de volta.” Os dois saem da sala, carregando as mochilas em seus ombros.
“Não fique tão pra baixo. Ele está ‘evoluindo’ de certa forma. Só precisamos esperar um pouco.” Nobuko tenta consolar o irmão.
“Eu só não quero esperar mais um ano.” Ele suspira.

 Como no dia anterior, havia um círculo de pessoas no meio da sala, porém, quem estava em seu centro era um garoto de cabelos pretos bagunçados. Ele sorria enquanto conversava e era fitado; seus olhos chamavam atenção, um deles era azul escuro e outro era dourado.[1]
“É coisa de família. O olho direito para a Lua e o esquerdo para o Céu...” Ele diz, sorrindo novamente.
“Você é tão legal! De onde veio?” Uma garota loira pergunta, apoiando os cotovelos na mesa do garoto.
“Mudei-me há pouco tempo de West City. Havia uma casa a venda na vizinhança aqui e ela tinha um preço muito bom para as redondezas.” Ele dá de ombros.
 Nobuko e Jyuu chegam, jogando suas mochilas nas cadeiras e indo averiguar a situação; mas é claro, depois de falar com Shio.
“Quem é o novo aluno?” Nobuko pergunta, se juntando ao círculo.
“Pra quem não ouviu ainda...” O garoto se levanta com as mãos no quadril. “Meu nome é Nagare! Nagare Boshi!” Ele grita.
 Shio estava sentado em sua cadeira, fitando o nada, como fazia normalmente antes da aula começar. Uma onda de energia percorre seu corpo quando ele ouve o outro garoto.
“Na... Ga... Re?” Ele joga a cabeça em cima da mesa.
 Durante poucos segundos flashes de memória passam por sua mente.
 Nagare.
 Uma estrela cadente que poderia realizar o desejo daqueles que se sentiam solitários vagando pelo céu, como estrelas.
 Nagare.
 Um estorvo que brincava como uma criança e não sabia praticamente nada sobre o mundo.
 Nagare.
 Uma estrela morta.
 Shio podia se lembrar agora. Todo o tempo que passara com a estrela. O que havia feito.
 Ele tenta se levantar da mesa, mas não obtêm resposta do próprio corpo. Ótimo, pensa o garoto. Por causa da hipnose, só havia recuperado o controle de sua própria mente. Precisaria de esforço para fazer seu corpo responder.
 Sua cabeça volta para o lugar e ele pode ver um pouco do local onde estava. Conhecia todas aquelas pessoas, ou a maioria delas. Mas pareciam diferentes, de alguma forma... Talvez mais velhos.
 Jyuu aparece ao seu lado, sorrindo.
“Sei que você não vai entender isso, mas, poderia voltar logo ao normal? Por favor?” O loiro pergunta, tentando abaixar a voz.
“O que você está cochichando, heim?” Nobuko pergunta, aparecendo também.
“Nada! Só estava vendo se o Shio estava bem.” Ele sorri voltando para a carteira.
  Seus amigos também estavam diferentes. E por que Jyuu parecia tão triste? Há quanto tempo teria ‘ido’?
  O sinal toca, cortando suas ideias. Logo um professor chega e escreve uma revisão no quadro, sendo automaticamente anotada pelo seu ‘corpo’.
  Ele nota a data que havia escrito em seu caderno.
 Agora tinha a resposta para uma de suas perguntas. Um ano.
Shio sente um calafrio. Isso era muito tempo, até de mais; e fazia ainda mais perguntas surgirem em sua cabeça. Ótimo.
 Depois de responder as perguntas, ‘ele’ começa a olhar em volta da sala e para seus olhos sobre o aluno novo, havia se esquecido dele.
 Shio sente algo estranho. O garoto realmente se parecia com Nagare, o mesmo cabelo bagunçado, a mesma fisionomia... O mesmo colar.
 Não era possível. Como ele poderia ter o mesmo colar que a estrela? Se não se enganava, ainda deveria estar com ele; com certeza não conseguiria se desfazer daquilo. Não da maneira que se importava com o outro.
 Ótimo, de novo. Agora estava se sentindo horrível; lembrar que nunca mais veria Nagare o fazia ter vontade de chorar de novo. Mas precisava superar... Aquilo...




[1] Isso se chama Heterocromia, se quiserem saber...
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Há! As coisas estão ficando misteriosas agora xD Como está meio tarde aqui e ainda pretendemos acordar cedo amanhã... Até mais, povo o/.
OBS: A promoção ainda continua,ouviram? Se nãosabem do que se trata, procurem pelo post com a Tag "promoção"^_^

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