Finalmente estamos sem problemas xD Esperamos que isso dure mais tempo, assim podemos nos organizar x.x Bem, parece que o tempo em que tinhamos um discurso completo antes de cada post acabou e nossa criatividade está sendo totalemnte voltada para as histórias xD Então, curtam o capítulo dessa semana~!
Parte três: Estrela falsa
Capitulo 1: O despertar
“E é isso, por hoje.” O professor loiro diz, fechando
o livro.
“Vocês esqueceu-se de passar o dever de casa...” Um
aluno diz, sendo vaiado pelos outros da turma.
“Não, você errou. Hoje eu realmente não vou passar
dever para vocês. Comemorem o quanto for preciso.” Ele sai da sala, enquanto os
alunos gritam dentro do lugar.
Jyuu se
levanta e vai para onde está sentado seu irmão. Ele cutuca suas costas.
“Ãhn? O que foi?” O garoto diz, se virando.
“Uhn... Nada... Eu só estava com tédio.” O loiro
sorri.
“Você não aguenta ficar parado não é? Já é a quinta
vez hoje... Deixa, pelo menos, a aula terminar, aí eu dou um pouco de atenção
pra você.”
Jyuu suspira,
voltando ao próprio lugar.
O último sinal
toca e com ele, todos os alunos correm para a porta. Menos, dois deles, que
caminham de vagar até a sala dos professores.
“Você precisa inventar um código que cause menos
alvoroço, Hilem.” Nobuko diz, tirando uma mecha de cabelo dos olhos.
“A professora do horário seguinte quase jogou o
apagador pela janela pra acalmar o povo...” Jyuu comenta.
“Eu disse isso, mas alguns idiotas adoram ver uma
baderna.”
“É divertido, ora...” Ales diz, enquanto tenta
concertar a copiadora.
“Mas, pra que vocês nos chamaram aqui? É alguma coisa
muito importante?” Jyuu diz, pegando um chiclete no bolso.
“Muito importante.” Kasanoa sai de baixo da mesa da
sala, segurando uma mochila. “Mas, por enquanto, quero que vocês venham até a
minha casa.”
“Sim senhor...” Os dois garotos dizem, seguindo-o.
Os três chegam
à pequena casa. Por algum motivo, nenhuma das luzes estava ligada, mas podiam-se
ouvir alguns sussurros vindos da sala de estar.
Enquanto Jyuu
e Nobuko jogam suas mochilas no chão, o professor liga as luzes, apertando o
interruptor.
Dwiea estava
no sofá, junto a Shio. Os dois estavam se encarando.
“O que diabos você está fazendo?” Kasanoa pergunta,
jogando o cabelo para o lado.
“Ah! Kasa!” O ruivo pula no outro, com os braços em
volta de seu pescoço. “Por que você demorou? Sabe que é horrível ficar aqui e-“
“Responda a pergunta, primeiro...”
“Eu estava testando uma coisa. Mas não era nada muito
importante.” Ele sorri, sem se soltar. “Ah... Oi pra vocês.” Acena.
“Oi.” Os dois garotos retribuem.
“Mas, afinal de contas, pra que você nos chamou?”
Nobuko pergunta.
“Tenho uma boa notícia.” O professor sorri, soltando
o outro de seu pescoço. “De acordo com os testes, o Shio pode voltar para a
escola.”
“M-mesmo?” O loiro sorri. “Mas como...?”
“Apesar de não poder falar ainda, ele consegue obter
informações e usá-las, agora. É claro, demorou um pouco para que isso
acontecesse, mas já é um passo.” O ruivo levanta o polegar, fazendo um sinal de
positivo.
“Isso também significa que ele... Que o Shio de antes
pode voltar, não é?” Nobuko sorri.
“Exatamente. E de acordo com o Ales, o resto dependo
desse garoto.”
Os garotos
sorriem e apertam as mãos, estralando-as. Os dois outros também sorriem.
Isso era o
resultado de um ano. O tempo passara de vagar, ao contrário do ano anterior.
Durante todo esse tempo, Shio ficara naquela casa, sendo cuidado por Dwiea e
Kasanoa.
Shio
interrompe a cena, puxando a manga do ruivo.
“Ah... Certo, ainda não fiz o almoço.” Ele lembra,
olhando para o relógio. “Mas eu estou atrasado... Kasa...?”
“Ok, eu faço comida pra mim e pro moleque.” Ele coça
a nuca. “O que seria de você sem mim?”
“A mesma coisa que você sem a mim. Um grande e vazio
‘nada’.” Ele envolve o outro em seus braços e os dois começam a trocar um
beijo.
Jyuu e Nobuko
aproveitam para sair do lugar. Não que não quisessem ver o amigo, mas ficar na
casa daquele ‘casal’ incomodava a ambos.
“...Como é bonito o amor, não é, caro irmã?” O garoto
de cabelo colorido diz, suspirando.
“E pensar que há dois anos você estava reclamando
daqueles dois...” O loiro sussurra.
“As pessoas ficam sentimentais depois que levam um
fora, sabia...?” Nobuko suspira novamente. “Já é a segunda vez que alguém
termina comigo pelo mesmo motivo...”
“A culpa é sua. Você passa muito tempo comigo e não
tem tempo para elas.”
“Aff... É que eu me acostumei a ficar com você por aí...”
Ele dá de ombros.
“É melhor você calar essa boca antes que fale algo
desnecessário.”
“Verdade... Bem, calei então.”
O sol passa
pela janela e joga sua luz sobre o rosto do garoto. Se virando para o outro
lado, ele tenta ignorar, mas é detido pelo despertador. Então, batendo no
aparelho, se levanta da cama.
Ele coloca o
próprio uniforme e vai para a cozinha, onde já estava uma mesa de café da manhã
preparada. Seu cheiro ocupava todo o lugar, dando água na boca.
“Bom dia Shio!” Dwiea diz, enquanto coloca um pouco
de leite em sua própria xícara.
Ele e Kasanoa
estavam sentados na mesa, ainda não haviam começado o café.
O garoto se
senta à mesa e começa a comer, sendo acompanhado pelos outros dois.
“Você vai para a escola hoje, como eu disse antes.
Irá ir e voltar com Kasa entendeu?”
O garoto o
fita. Suas pupilas haviam voltado, mas a expressão de vazio continuava, apesar
de estar conseguindo demonstrar emoções, vez ou outra.
“Mesmo tendo ficado aqui por um ano, você teve nota o
suficiente na 8ª série para poder se formar. Você irá somente ter algumas aulas
a mais por algum tempo, para que você possa aprender o que perdeu.” O professor
diz.
O garoto dá um
pequeno sorriso.
“Vão logo, se não, irão se atrasar.” Dwiea se levanta
da mesa e é acompanhado pelos dois.
Shio sai primeiro e fica esperando o outro do lado de
fora.
“Kasa-san...Ver aquele garoto me dá uma pena
danada... O que será que o fez fazer algo assim?”
“Eu realmente não sei. Não consegui achar nada sobre
ele.”
“... Deixa...
Eu sei que essa parte eu não posso solucionar.” O ruivo tenta sorri. “Vá com
cuidado, ouvi?”
“E você também.”
Os alunos
encaravam o garoto; haviam formado um círculo a sua volta. Ele, por sua vez,
estava preso a sua própria cadeira, com um rosto assustado.
“Você... Não vai falar nada?” Uma garota ruiva
pergunta, mascando chiclete.
Ele a encara.
“Ele não é aquele cara que sumiu durante um tempo?”
Um garoto atrás de Shio pergunta.
“É verdade...”
“Qual era o nome dele mesmo?”
“Acho que era...”
“Shio!!” Jyu diz, atravessando o círculo de alunos.
O garoto
sorri.
“O que ele tem?” Outra garota pergunta ao loiro.
“Ele ficou internado por um tempo.” Diz Nobuko,
também entrando no círculo e o desmanchando. “Fez uma cirurgia e não pode falar
muito, por que forçaria a própria garganta.”
“É bom ver você de volta.” Jyuu diz, depois que todos
voltam para seus lugares.
Shio desvia
seu olha para a carteira, sem prestar muita atenção ao amigo.
“Acho que ele não se lembra de muita coisa...” O
outro apoia os pés na cadeira a sua frente. “Deve ser por causa daquela... Auto-hipnose,
ou sei lá.”
“Que coisa... Então ele ainda parece um boneco...” O
loiro suspira. “Quero o Shio de antes de volta...”
“Pelo que o Kasa disse, só depende dele.” Nobuko
bagunça o cabelo do outro, que o encara. “Mas que ele parece um boneco, é
verdade.”
O sinal toca,
interrompendo os dois adolescentes que, por sua vez, voltam aos lugares
enquanto o professor chega.
O homem joga
suas coisas em cima da mesa e sorri.
“Bom dia, pirralhos!” Ele tira alguns fios de sua
testa. “O professor de matemática não veio, então eu o estarei substituindo por
hoje.”
A sala fica em
silêncio durante alguns segundos e logo os alunos estão comemorando. Alguns
somente gritam e outros pulam de suas cadeiras.
Uma garota se levanta e vai até o quadro, ficando de
frente para o professor. Então, dá um tapa em sua cara.
“Isso é por dois anos atrás, Isurans.” Carrie sorri,
dando ênfase a última palavra,e volta para o lugar.
“Eu não acredito!” Outra garota grita. “Professor!
Você de novo!”
Os sussurros
se propagam pelo lugar. Com o sistema da escola, as turmas nunca mudavam depois
da sétima série, então todos ali se lembravam do incidente de dois anos atrás.
“... Bem... Eu vou passar os exercícios que o Hillem
me deu. Vou avisando que são 50 itens, então é melhor vocês começarem a copiar
logo.” O professor diz, escrevendo no quadro branco.
Não tendo
outra opção, os alunos abrem seus cadernos e começam a anotar.
O último sinal
do dia toca e a porta se enche de adolescentes desesperados para saírem do
confinamento escolar. Jyuu e Nobuko tomam caminho até a sala dos professores,
onde encontram Hilem e Kasanoa conversando.
“Você não disse que o demônio loiro havia faltado?” O
garoto de cabelo colorido pergunta.
“Foi mentira. E que ótimo apelido você tem, Hilem.”
Ele sorri para o outro.
“É, eu sou um demônio, e dái? A vida não é fácil.” Resmunga.
“É ótimo ver vocês trocando insultos, mas eu queria
falar com o outro... O Ales.” Jyuu diz, afastando um pouco do cabelo para trás.
“Não trabalha mais como meu assistente e fugiu do
mundo ontem. Se quiser falar com ele, procure você.” Hilem responde friamente,
tomando uma xícara de café em um gole.
“Não seja tão mal com eles só porque que está de mau
humor.” O moreno cutuca o outro com o cotovelo. “Mas por que vocês queriam ver
ele?”
“Esperança de trazer o Shio de volta.” Os dois saem
da sala, carregando as mochilas em seus ombros.
“Não fique tão pra baixo. Ele está ‘evoluindo’ de
certa forma. Só precisamos esperar um pouco.” Nobuko tenta consolar o irmão.
“Eu só não quero esperar mais um ano.” Ele suspira.
Como no dia
anterior, havia um círculo de pessoas no meio da sala, porém, quem estava em
seu centro era um garoto de cabelos pretos bagunçados. Ele sorria enquanto
conversava e era fitado; seus olhos chamavam atenção, um deles era azul escuro
e outro era dourado.[1]
“É coisa de família. O olho direito para a Lua e o
esquerdo para o Céu...” Ele diz, sorrindo novamente.
“Você é tão legal! De onde veio?” Uma garota loira
pergunta, apoiando os cotovelos na mesa do garoto.
“Mudei-me há pouco tempo de West City. Havia uma casa
a venda na vizinhança aqui e ela tinha um preço muito bom para as redondezas.”
Ele dá de ombros.
Nobuko e Jyuu
chegam, jogando suas mochilas nas cadeiras e indo averiguar a situação; mas é
claro, depois de falar com Shio.
“Quem é o novo aluno?” Nobuko pergunta, se juntando
ao círculo.
“Pra quem não ouviu ainda...” O garoto se levanta com
as mãos no quadril. “Meu nome é Nagare! Nagare Boshi!” Ele grita.
Shio estava
sentado em sua cadeira, fitando o nada, como fazia normalmente antes da aula
começar. Uma onda de energia percorre seu corpo quando ele ouve o outro garoto.
“Na... Ga... Re?” Ele joga a cabeça em cima da mesa.
Durante poucos
segundos flashes de memória passam por sua mente.
Nagare.
Uma estrela
cadente que poderia realizar o desejo daqueles que se sentiam solitários
vagando pelo céu, como estrelas.
Nagare.
Um estorvo que
brincava como uma criança e não sabia praticamente nada sobre o mundo.
Nagare.
Uma estrela
morta.
Shio podia se
lembrar agora. Todo o tempo que passara com a estrela. O que havia feito.
Ele tenta se
levantar da mesa, mas não obtêm resposta do próprio corpo. Ótimo, pensa o
garoto. Por causa da hipnose, só havia recuperado o controle de sua própria
mente. Precisaria de esforço para fazer seu corpo responder.
Sua cabeça
volta para o lugar e ele pode ver um pouco do local onde estava. Conhecia todas
aquelas pessoas, ou a maioria delas. Mas pareciam diferentes, de alguma
forma... Talvez mais velhos.
Jyuu aparece
ao seu lado, sorrindo.
“Sei que você não vai entender isso, mas, poderia
voltar logo ao normal? Por favor?” O loiro pergunta, tentando abaixar a voz.
“O que você está cochichando, heim?” Nobuko pergunta,
aparecendo também.
“Nada! Só estava vendo se o Shio estava bem.” Ele
sorri voltando para a carteira.
Seus amigos
também estavam diferentes. E por que Jyuu parecia tão triste? Há quanto tempo
teria ‘ido’?
O sinal toca,
cortando suas ideias. Logo um professor chega e escreve uma revisão no quadro,
sendo automaticamente anotada pelo seu ‘corpo’.
Ele nota a
data que havia escrito em seu caderno.
Agora tinha a
resposta para uma de suas perguntas. Um ano.
Shio sente um calafrio. Isso era muito tempo, até de
mais; e fazia ainda mais perguntas surgirem em sua cabeça. Ótimo.
Depois de
responder as perguntas, ‘ele’ começa a olhar em volta da sala e para seus olhos
sobre o aluno novo, havia se esquecido dele.
Shio sente
algo estranho. O garoto realmente se parecia com Nagare, o mesmo cabelo
bagunçado, a mesma fisionomia... O mesmo colar.
Não era
possível. Como ele poderia ter o mesmo colar que a estrela? Se não se enganava,
ainda deveria estar com ele; com certeza não conseguiria se desfazer daquilo.
Não da maneira que se importava com o outro.
Ótimo, de
novo. Agora estava se sentindo horrível; lembrar que nunca mais veria Nagare o
fazia ter vontade de chorar de novo. Mas precisava superar... Aquilo...
[1]
Isso se chama Heterocromia, se quiserem saber...
--------------------------------------------
Há! As coisas estão ficando misteriosas agora xD Como está meio tarde aqui e ainda pretendemos acordar cedo amanhã... Até mais, povo o/.
OBS: A promoção ainda continua,ouviram? Se nãosabem do que se trata, procurem pelo post com a Tag "promoção"^_^
Nenhum comentário:
Postar um comentário